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Oposição argentina sai da eleição fortalecida nas grandes cidades | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A oposição argentina saiu fortalecida nas grandes cidades do país na eleição presidencial realizada no domingo. Nessas cidades, estão concentrados principalmente os votos dos eleitores das classes média e alta. A candidata Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, que recebeu 23% dos votos, venceu a presidente eleita Cristina Fernández de Kirchner, da Frente para a Vitória, na capital federal e em outras cidades argentinas, como Mar del Plata e Bahia Blanca, na província de Buenos Aires. “Ficou claro que sou a líder da oposição e vou exercer este posto”, disse Carrió, em entrevista nesta segunda-feira. “Carrió vai ser mesmo uma referência importante na oposição argentina, apesar de ter dito que não será mais candidata a presidente”, avaliou o analista político Ricardo Rouvier, da consultoria Rouvier e Associados. A diferença de Cristina para Carrió nas urnas superou 20%. Divórcio Roberto Lavagna, candidato do UNA (Uma Nação Avançada), superou os votos da candidata oficial na província de Córdoba, uma das maiores do país. “Foi a advertência mais séria que o governo recebeu das urnas. Houve, claramente, um divórcio entre o apoio que foi dado ao governo Kirchner e a Cristina”, observou o analista político Eduardo van der Kooy, do canal 13 de televisão. Para diferentes analistas, o presidente Néstor Kirchner governou com o apoio dos eleitores das classes média e alta, e Cristina foi eleita, principalmente, com o voto das classes mais carentes. Segundo esses analistas, o crescimento econômico foi decisivo nesta eleição. No entanto, como destacou Hugo Haime, da consultoria Haime e Associados, o eleitor das grandes cidades tem mais demandas, como o maior fortalecimento das instituições do país. Ilha O chefe de gabinete do governo Kirchner, Alberto Fernández, equivalente a chefe da Casa Civil no Brasil, criticou os eleitores da capital federal, Buenos Aires, ao ver os resultados oficiais do pleito. “Espero que algum dia os eleitores da capital deixem de votar como se fossem uma ilha dentro do país”, afirmou. Em diferentes entrevistas de rádio e de televisão, ele lamentou que a classe média argentina não tenha confiado em Cristina. No novo mapa político argentino, a frente governista garantiu maioria no Senado e quórum próprio na Câmara dos Deputados e, além disso, elegeu sete dos oito novos governadores, que também foram escolhidos na eleição de domingo. Por empate técnico, a apuração para governador na oitava província, Salta, no norte do país, não tinha sido definida até a noite de segunda-feira. |
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