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Atualizado às: 28 de outubro, 2007 - 19h21 GMT (17h21 Brasília)
 
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Oposição defende voto eletrônico na Argentina
 

 
 
Elisa Carrió
Carrió foi saudada pela multidão ao votar
A desconfiança no sistema eleitoral argentino levou três dos principais candidatos à presidência a pedirem que a Argentina implemente, o quanto antes, o voto eletrônico.

"O Brasil e muitos outros países têm voto eletrônico. É uma forma segura de evitar as armações, as fraudes", disse Ricardo Lopez Murphy, da coligação Recrear-PRO, na hora de votar. "Estou muito preocupado que nós aqui continuamos votando como se vivessemos no século 19 e não no século 21", completou.

Para o candidato Roberto Lavagna, do UNA (Uma Nação Avançada), a Argentina precisa de uma "reforma política" para garantir a institucionalidade do pleito.

Durante a campanha, Lavagna disse que o Brasil foi um "modelo de transparência" e de "agilidade" na última eleição, por exemplo, na disputa do segundo turno, no ano passado. "Mais de 100 milhões votaram e o resultado saiu rapidamente", afirmou neste domingo seu assessor político, Alejandro Rodríguez.

"Aqui, dois milhões de eleitores votaram, recentemente, para governador na província de Córdoba, uma das principais do país, e a apuração demorou 48 dias para ser confirmada", completou.

Tumulto

Quando a segunda colocada nas pesquisas Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, chegou para votar no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, houve empurra-empurra, com pessoas gritando: "Seja eleita para acabar com a corrupção".

Segundo diferentes pesquisas de opinão, "Lilita", como ela é conhecida, poderia empatar ou até vencer as eleições na capital federal. As pesquisas, no entanto, apontam a vitória nacional da candidata do governo, a primeira-dama e senadora Cristina Fernández de Kirchner.

"Demorei muito a encontrar alguma cédula com meu nome", reclamou Lilita, "mas nesse momento quero agradecer porque podemos votar uma vez mais para presidente, apesar de nossas desconfianças (no sistema político)".

Além de Carrió, Lopez Murphy, Alberto Rodríguez Saá, da FREJULI (Frente Justiça, União e Liberdade) e Pino Solanas, do Projeto Sul, também reclamaram de ter demorado a encontrar cédulas com seus nomes na hora de votar. "Existe perigo de fraude", disse Rodríguez Saá diante das câmeras de televisão.

Na Argentina, ao entrar na cabine eleitoral, o eleitor encontra diversas pilhas com cédulas de candidatos de diferentes partidos para votar.

Transparência

A candidata a deputada federal Patrícia Bullrich, da Coalizão Cívica, que acompanhava Lilita na hora da votação, disse recentemente que a frente partidária também defende uma reforma política.

"É preciso ter voto eletrônico. Será mais transparente", afirmou Bullrich.

A discussão sobre o voto eletrônico ainda gera polêmicas na Argentina. Poucos dias antes da eleição, numa entrevista à imprensa estrangeira, a vice-presidente da Suprema Corte de Justiça, ministra Elena Highton de Nolasco, disse ser contra porque o sistema não garante a transparência.

"O nosso sistema eleitoral é muito mais confiável porque o resultado pode ser acompanhado por vários fiscais, de diferentes partidos", afirmou.

Lopez Murphy, Lavagna e Carrió votaram pela manhã em Buenos Aires, Alberto Rodríguez Saá votou na província onde é governador, São Luis, e Cristina em Santa Cruz, na Patagônia.

 
 
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