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Argentinos vão às urnas para escolher novo presidente | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mais de 27 milhões de eleitores argentinos vão às urnas, neste domingo, para escolher um novo presidente, vice-presidente e governadores de oito das 24 províncias do país, entre elas Buenos Aires (equivalente a 40% do eleitorado e do PIB nacional). Esta é a sexta eleição presidencial argentina, desde o retorno da democracia em 1983. E a primeira na qual duas mulheres, Cristina Kirchner e Elisa Carrió, chegam ao dia da votação como favoritas na corrida eleitoral, segundo as diferentes pesquisas de intenção de voto. Este pleito será ainda para renovar quase metade da Câmara dos Deputados (130 cadeiras, correspondem a esta parcela), parte do Senado (24 das 72 cadeiras), 272 parlamentares provinciais. A previsão é de que as urnas abrem às 8h00 da manhã – no caso da capital federal ainda depende do preenchimento ou não do total de mesários. A votação deverá terminar às 18h00 em todo o país. A Justiça Eleitoral prevê que os primeiros resultados oficiais comecem a ser divulgados por volta das 20h00 (21h00, hora de Brasília). Modelos econômicos Para o analista Julio Nogues, professor de relações econômicas internacionais da Universidade Di Tella, o que os argentinos vão escolher é entre um modelo com a maior presença do Estado, nos diferentes setores, e uma gestão econômica mais liberal. Ele tirou sua conclusão depois de analisar as propostas e opiniões dos principais candidatos à Presidência. Os presidenciáveis Cristina Fernández de Kirchner, da Frente para a Vitória, Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, e Roberto Lavagna, do UNA (Uma Nação Avançada), optariam, cada um à sua maneira, pela maior presença do Estado nas decisões sociais e econômicas. Já os candidatos Alberto Rodríguez Saá, da Frejuli, Ricardo López Murphy, Recrear-PRO, e Jorge Sobisch, do Movimento Províncias Unidas, entende Nogues, fariam um governo com uma economia mais aberta aos mercados, caso fossem eleitos. No total, os eleitores farão a opção por um dos 14 presidenciáveis. O leque de opções conta também com o cineasta Pino Solanas, do Projeto Sul, que sugere uma presença "total" do Estado, incluindo a reestatização do setor petroleiro. Solanas não aparece entre os possíveis mais votados, segundo as pesquisas de opinião. Numa entrevista ao canal 5 de televisão, o assessor econômico da Coalizão Cívica, Alfonso Prat-Gay, disse que o controle de preços, medida em vigor no governo do presidente Nestor Kirchner, não existiria numa possível administração de Carrió. Autor do modelo econômico atual, como ele costuma destacar, Lavagna afirmou que reduziria os gastso públicos frente aos atuais números do governo Kirchner. Lavagna foi ministro da economia até 2005. No caso de Cristina, a expectativa é de que ela opte pela continuidade do perfil da atual gestão, como afirmou o analista político Ricardo Rouvier, da Rouvier e Associados, mas com alguns ajustes, como a busca de mais investimentos externos. Pesquisas de opinião, divulgadas na semana passada, revelaram que a falta de segurança é hoje a maior preocupação dos argentinos. Nesse caso, quase todos os candidatos, como Cristina, Carrió e Sobisch, por exemplo, defendem maior investimento na área de educação como saída, de longo prazo, para o combater o problema. |
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