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Atualizado às: 25 de outubro, 2007 - 11h21 GMT (09h21 Brasília)
 
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Cristina Kirchner critica imprensa, mas nega enfrentamento
 

 
 
Cartaz de Cristina Kirchner com críticas sobrepostas
Cristina prometeu dar mais entrevistas se for eleita presidente
Em sua primeira entrevista à TV argentina desde que lançou sua candidatura à Presidência, a primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner criticou na noite de quarta-feira os meios de comunicação e os jornalistas, mas negou estar buscando um conflito com a imprensa.

A senadora, favorita para vencer a eleição no primeiro turno, sugeriu durante o programa que os jornalistas estejam “mais preparados” para entrevistas – “sou amante do rigor”, disse ela na bancada do programa A Dos Voces, da emissora TN.

A primeira-dama também criticou o jornal La Nación, reclamando de que eles teriam dito que o governo do marido, Néstor Kirchner, não duraria seis meses. “Imagine o que pensa um investidor quando lê isso?”, questionou.

Depois, ao falar na crise energética, alvo de críticas de analistas durante o último inverno e também de diferentes setores argentinos, ela afirmou: “São os panfletos dos meios de comunicação. Energia, inflação”, disse.

Para ela, a oposição lê estas questões e tenta ampliar o assunto, já que este é um ano eleitoral.

Falta de luz

Mais adiante, ela contou que esteve na Califórnia, há dois anos, e faltou luz no prédio em que estava.

“O cônsul argentino na época me contou que isso era normal. Mas eu não li essa informação em nenhum jornal. Então, me disseram que não publicam porque afastaria os investidores”, disse.

Para ela, “há uma concepção nos países desenvolvidos de que todos são responsáveis”.

Um dos apresentadores, Marcelo Bonelli, retrucou e disse que “a imprensa reflete o que dizem as pessoas”.

As críticas de Cristina à mídia levaram Bonelli, um dos jornalistas mais conhecidos da Argentina, a questionar: “Senadora, a senhora está buscando um conflito com a imprensa?”.

“Não, não, de jeito nenhum. Eu simplesmente quero debater (o assunto)”, respondeu a candidata.

“É muito simplista querer culpar a imprensa por tudo. A imprensa reflete o que a sociedade quer e pensa”, disse Bonelli.

Mais entrevistas

Para a candidata, os jornalistas estão “muito sensíveis” – frase que disse ao final da discussão, já com certo sorriso.

“A senhora bem que poderia baixar os decibéis com a imprensa”, retrucou Bonelli.

“É, pode ser que eu esteja enganada. É normal”, respondeu Cristina.

Cristina lembrou ainda que quando o presidente Néstor Kirchner assumiu o cargo, em maio de 2003, muitos jornais escreveram que ela, com seu estilo, ia “fazer e desfazer” as medidas do governo.

“Mas eu sempre respeitei as instituições”, disse. Antes de a entrevista terminar, Cristina ainda foi questionada se, caso eleita, dará entrevistas à imprensa.

Rindo, ela respondeu: “Vou modificar a plataforma do governo e incluir entrevistas à imprensa”. Kirchner e Cristina raramente falam com a imprensa, como informam com freqüência os principais jornais do país, como Clarín e La Nación.

Pacto social

A entrevista de mais de uma hora ao programa A Dos Voces foi provavelmente a última da candidata do governo antes das eleições deste domingo.

Cristina voltou a defender um “pacto social” dos diferentes setores do país para concluir as medidas que faltam para melhorar a qualidade de vida dos argentinos.

“Temos que instalar um modelo novo – e não é só com o Estado, mas cada um dos setores – sindicatos, empresários”, disse.

Segundo Cristina, seu objetivo, caso chegue à Presidência, será “aprofundar” o modelo atual, buscando maior eqüidade social, educação, geração de emprego e investimentos.

Ela insinuou que sua política seria semelhante à que foi adotada pelo governo do marido – “gradual e sem política de choque”.

Para ela, faltam ser incluídas algumas etapas no modelo implementado por Kirchner para conseguir, como afirmou, uma maior queda da pobreza e da indigência.

Cristina respondeu ainda sobre as denúncias de corrupção envolvendo o governo atual, como o caso do empresário venezuelano que tentou entrar na Argentina com uma mala com US$ 800 mil.

“O governo Kirchner tem quatro anos e meio, e essas denúncias só surgiram agora, ano eleitoral. Mas todos os acusados foram afastados e em outras épocas não era assim”, disse.

 
 
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