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Atualizado às: 27 de março, 2006 - 04h57 GMT (01h57 Brasília)
 
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Netanyahu sai à busca de votos para o Likud na reta final
 

 
 
Campanha do Likud em Ashdod
Muitos imigrantes russos estavam na platéia de 400 pessoas
O jingle do partido Likud tocava na sala de recepção – "Likud é direita, Likud é seu coração, Likud é sua cabeça".

Com cartazes azuis e brancos proclamando "Netanyahu é um forte líder", a platéia de 400 pessoas olha em direção à entrada principal do Salão de Banquetes Rina.

Mas o político que eles todos estavam esperando, o líder do Likud, Binyamin Netanyahu, os pegam de surpresa.

O ex-primeiro-ministro, de 56 anos de idade, entrou no salão de banquetes pela cozinha.

Netanyahu espera ter uma manobra similar e ganhar de surpresa as eleições israelenses, mas isso parece improvável.

Pesquisas

O Likud está em terceiro lugar nas pesquisas de opinião.

O partido que liderou o último governo israelense implodiu depois da decisão do seu ex-líder, o premiê Ariel Sharon, de retirar os assentamentos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia no ano passado.

Mais recentemente, Sharon e outros membros de alto escalão deixaram o Likud e formaram um novo partido, o Kadima – atualmente liderando as pesquisas de opinião.

Um crítico feroz das retiradas, Netanyahu foi, mais uma vez, eleito o líder do Likud em dezembro passado.

Imigrantes

Numa noite ventosa na cidade industrial de Ashdod, Netanyahu levou sua mensagem aos seus correligionários.

Sob luzes ofuscantes e tetos espelhados, a platéia de imigrantes russos ouviu atenciosamente Netanyahu enquanto comiam seus croissants de chocolate e tomavam suco de laranja.

Carreira de Netanyahu
1949: nascido em Tel Aviv
1967-73: soldado e capitão
1984: embaixador da ONU
1988: entra no Knesset e no governo
1996: torna-se primeiro-ministro
1999: perde a eleição
2002-3: ministro do Exterior
2003-5: ministro das Finanças
2005: recupera liderança do Likud

"Eles não construíram cafeterias e discotecas lá e dizem ‘como são bons esses judeus’", disse Netanyahu à platéia, se referindo aos assentamentos que foram evacuados em Gaza.

"Eles não construíram alguns restaurantes de peixe", ele disse, provocando os judeus russos que são conhecidos por gostarem de mariscos, uma comida não-kosher.

"Não, ao invés disso eles lançaram mísseis contra Israel dos assentamentos que evacuamos."

Como a maioria da platéia não entende muito o hebraico, o discurso de Netanyahu foi traduzido para o russo, frase por frase.

Mas, para grande parte dos participantes, essas foram palavras fortes de um homem forte – em qualquer língua.

Aplausos

Michael Yoshpe, 40 anos, um engenheiro aeroespacial da cidade, compartilha das opiniões de Netanyahu e elogia o líder do Likud por dizer coisas que a maioria das pessoas não quer acreditar.

"Com as retiradas unilaterais nós não temos nenhum benefício", ele diz.

"Só encoraja os palestinos a continuar com a violência deles."

Enquanto que a questão da segurança está entre as prioridades do manifesto do Likud, Netanyahu ganhou a maior salva de palmas da noite ao falar dos seus planos de aumentar a pensão estatal.

Michael Yoshpe
Retirada de Gaza não trouxe benefícios, diz Yoshpe

Em uma platéia cheia de pessoas aposentadas ou próximas a se aposentar, a promessa nunca seria mal recebida.

Após um discurso de 20 minutos, Netanyahu deixou os ouvintes muito satisfeitos e os seus votos quase garantidos.

Confiança

Mas um dos maiores problemas de Netanyahu é atrair aqueles que votavam no Likud e que, agora, estão se aproximando do Kadima.

Do outro lado da rua, em frente ao Salão de Banquetes Rina, o vendedor de carros Shlomi Baron trabalha para uma revendedora de carros usados.

O homem de 25 anos votou no Likud na última eleição, mas diz que o Kadima receberá o seu apoio no próximo pleito.

Enquanto que Netanyahu vende suas idéias muito bem, Baron diz que ele "seria um bom vendedor de carros". Em outras palavras, ele não confia no líder do Likud.

Baron afirma que vai votar no Kadima porque o partido foi fundado pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que permanece em coma após ter sofrido um derrame, em janeiro.

"Ele é um homem em que se pode confiar", ele diz.

 
 
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