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Atualizado às: 06 de julho, 2005 - 08h24 GMT (05h24 Brasília)
 
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Entenda o que é o G-8
 
Tony Blair, George W. Bush e Jacques Chirac
Líderes do G-8 se propõem a discutir grandes problemas mundiais
Sem quartel-general, orçamento ou funcionários permanentes, o Grupo dos Oito é um órgão informal mas exclusivo, cujos membros têm como objetivo enfrentar desafios globais por meio da discussão e de ações.

O G-8 é formado pelos sete países mais industrializados do mundo – Itália, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Canadá, Estados Unidos e Japão – mais a Rússia.

Entre as metas dos líderes do G-8 estão aumentar a cooperação em comércio e finanças, fortalecer a economia global, promover a paz e a democracia e evitar e resolver conflitos.

Esses líderes se reúnem anualmente num encontro que já se tornou foco de atenção da mídia.

As origens

As raízes do G-8 estão ligadas à crise do petróleo e à recessão econômica global do início dos anos 70. Em 73, estes desafios levaram os Estados Unidos a formar o Grupo da Biblioteca – um agrupamento informal de representantes dos governos europeus, japonês e americano na área financeira.

Origens
Fundação: 1975, Rambouillet, França
Membros originais: França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos
Membros adicionais: Canadá, em 1976 e Rússia, 1998
Por sugestão da França, chefes de Estado participaram do encontro em 1975, quando os delegados concordaram em se reunir anualmente. As seis nações envolvidas na época passaram a ser conhecidas como o G-6, que em 1976 se tornou o G-7, com a entrada do Canadá, e em 1998 o G-8, com a entrada da Rússia.

Inicialmente criado como um fórum para assuntos econômicos e de comércio, a política passou a fazer parte da agenda do grupo no fim dos anos 70. Nas últimas reuniões foram discutidos temas como ajuda aos países em desenvolvimento, segurança global, o processo de paz no Oriente Médio e a reconstrução do Iraque.

Os membros do G-8 podem concordar em políticas e estabelecer objetivos, mas o cumprimento deles é voluntário.

Os encontros do G-8 estão bem longe das conversas informais do Grupo da Biblioteca nos anos 70. Protegidos por verdadeiras "fortalezas", os delegados hoje são acompanhados de um exército de assessores. As fotografias, os encontros e as declarações são rigorosamente preparados.

Mas os líderes do G8 tentam manter pelo menos parte de seus encontros livres da burocracia e da formalidade. No segundo dia dos encontros, os líderes se reúnem em um local informal, onde podem conversar sem ser incomodados pela imprensa.

A União Européia está representada no G8 pelo presidente da Comissão Européia (o órgão executivo da UE) – neste ano, José Manuel Durão Barroso – e pelo líder do país que ocupa a presidência rotativa da UE – o primeiro-ministro britânico, Tony Blair. O bloco, no entanto, não participa das discussões políticas do G8.

Também foram convidados para participar do encontro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes de México, China, Índia e África do Sul.

Críticas e questões

Os críticos do G-8 acusam o grupo de representar os interesses de uma elite de países industrializados em detrimento das necessidades do resto do mundo.

Países-chave com economias crescentes e grandes populações, como a China e a Índia, não estão representados, bem como os países africanos e latino-americanos.

O G-8 também atrai críticas por ter uma visão favorável à globalização. Os últimos encontros anuais foram marcados por violentos protestos, como os de Gênova, na Itália, em 2001.

A violência provocou um reforço do cordão de segurança que separa os políticos dos manifestantes, endossando a imagem do G8 de grupo elitista.

Nos últimos anos, o G-8 lançou iniciativas para combater doenças, inclusive a Aids, e anunciou programas de desenvolvimento e de cancelamento de dívidas. Mas a ajuda geralmente depende do respeito à democracia e da boa governância nos países candidatos. Críticos afirmam que os gastos com iniciativas deste tipo são inadequados.

Mas diferenças básicas às vezes surgem no G-8. O aquecimento global provocou impasse em 2001, quando o presidente americano, George W. Bush, deixou clara a sua oposição ao protocolo de Kyoto, que visa limitar a emissão dos gases que provocam o efeito estufa. As diferenças também ficaram evidentes durante a Guerra do Iraque.

 
 
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