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G8 pode aprovar ‘maior perdão de dívidas da história’ | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O ministro da Economia da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse que o G8 pode promover o que chamou de “maior ajuste de dívidas que o mundo já viu” a fim de aliviar a situação dos países pobres. Há expectativas de que um acordo de perdão de dívida de países africanos seja anunciado já neste sábado, durante encontro de ministros da Economia do G8 em Londres. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, vai participar da reunião como representante de um dos países que não fazem parte do G8, mas foram convidados para o encontro. Informações divulgadas em jornais dão conta de que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha vão apresentar na reunião deste fim de semana um plano para cancelar as dívidas de 18 nações altamente endividadas da África. Os débitos destes países chegam, somados, a US$ 16,7 bilhões. US$ 50 bilhões Segundo Brown, as negociações sobre este acordo avançaram nesta semana durante a visita do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, aos Estados Unidos, onde se reuniu com o presidente George W. Bush. Mas o ministro disse à BBC que o G8 pode chegar a um acordo mais amplo, beneficiando “dezenas” de países e envolvendo dívidas que países pobres teriam que pagar em um período de mais de 40 anos. “Ele envolveria todas as grandes instituições financeiras internacionais, seria o maior acordo sobre dívidas que o mundo já viu”, disse Brown. “Seriam mais de US$ 50 bilhões de dívidas e quantias maiores de pagamento de juros que seriam negociados.” Brown disse que discussões vêm ocorrendo nos últimos dias tentando fechar um acordo, mas que o esquema pode ser levado em frente sem a participação de todos os países. “Claro que o melhor seria que os países ricos chegassem a um acordo”, disse Brown. Ouro Os Estados Unidos já teriam aceitado o princípio de estender o perdão para as dívidas com o Banco Mundial e outras organizações de ajuda ao desenvolvimento. Mas veriam de forma menos positiva a idéia de financiar o perdão das dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por meio da venda das reservas de ouro da organização. Algumas ONGs criticam o acordo que vem sendo discutido, afirmando que ele beneficia apenas 27 países pobres, enquanto 62 teriam necessidade de ser beneficiados pelo programa. Analistas também dizem que há pouca esperança de que se chegue a um acordo sobre um grande aumento do dinheiro destinado a financiar o desenvolvimento de países pobres. No mês que vem, os líderes do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá e Rússia) se reúnem na cidade britânica de Gleneagles, e o perdão das dívidas dos países pobres deve ser um dos temas em discussão. |
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