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Iraquianos formam longas filas para votar no Irã | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Longas filas se formaram nesta sexta-feira em Teerã, a capital do Irã, de exilados que foram votar nas eleições iraquianas. O centro de votação de Dowlat Abad, no sul da cidade, se tornou o local de confluência de ônibus lotados de eleitores que vieram especialmente do norte do país para participar do pleito. O Irã é o país onde mais exilados iraquianos se registraram para votar. No próprio Iraque, as eleições serão realizadas no domingo. Enquanto isso, continuam os temores a respeito da segurança no país. Ataques de insurgentes se intensificaram nas últimas semanas. Voto xiita Cerca de 60 mil iraquianos que estão exilados no Irã se registraram para votar. Do lado de fora de Dowlat Abad, duas longas filas se formaram – uma para homens, outra para mulheres – e muitos eleitores disseram à correspondente da BBC Frances Harrison que vão votar na coalizão xiita endossada pelo aiatolá Ali Sistani. Estes são os candidatos que o governo do Irã também gostaria de ver no comando da Assembléia Nacional iraquiana. Outros, porém, disseram que não vão votar de acordo com orientações sectárias. Os organizadores da votação no Irã esperam que o sábado seja o mais movimentado dos três dias em que os votos poderão ser depositados no exterior. Jordânia Em Amã, na Jordânia, o correspondente da BBC Jon Leyne diz que os eleitores que compareceram aos locais de votação nesta sexta-feira demonstraram bastante entusiasmo. Segundo ele, muitos disseram que estão gostando da oportunidade de votar |contra o terrorismo e pelo futuro do país|. Por outro lado, eles dizem que estão correndo um risco mesmo fora do Iraque – até porque são facilmente identificáveis pelas marcas de tinta que são feitas em seus dedos após a votação. Muitos dos iraquianos que vivem na Jordânia são abertamente hostis à eleição, que é patrocinada pelas forças de ocupação lideradas pelos Estados Unidos. Segundo Leyne, o número de exilados que se registrou para votar na Jordânia é reduzido em relação ao total de iraquianos vivem no país. Austrália O primeiro país onde os exilados começaram a votar foi a Austrália. Entre os primeiros a depositar o voto foi Rebwa Aziz, um motorista de ônibus de 38 anos que vive no país há mais de uma década. Ele pediu ao povo do Iraque que tenha "coragem" de participar da eleição, insistindo que "liberdade costuma ter um preço". Cerca de um a cada sete iraquianos que vivem na Austrália e têm direito de votar no Iraque se registrou para a eleição, que deve escolher os 275 membros do Legislativo. O correspondente da BBC em Sydney, Phil Mercer, diz que a participação na Austrália é "baixa" por causa de "uma mistura de apatia e medo". Líderes da comunidade iraquiana no país disseram que alguns expatriados estão fora do Iraque há tanto tempo que já não têm interesse na política de seu país de origem. Outros temem que, se votarem, insurgentes no Iraque podem saber e se vingar de suas famílias e amigos. Espera-se que um total de 12 mil iraquianos votem na Austrália, um dos 14 países onde exilados poderão votar durante três dias. Cerca de 280 mil iraquianos expatriados, entre os 1,2 milhão que vivem fora do país, registraram-se para votar. Nos Estados Unidos, apenas 11% dos iraquianos com direito de votar tomaram medidas para fazê-lo. |
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