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Enviado americano tenta resolver crise no Paquistão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O subsecretário de Estado americano, John Negroponte, se encontrou neste sábado em Islamabad com o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, para discutir a crise no país. Diplomatas disseram que Negroponte pressionou Musharraf pelo fim do estado de emergência. Espera-se que o americano tente também retomar o acordo entre o presidente e a líder oposicionista e ex-primeira-ministra paquistanesa, Benazir Bhutto. Mas, segundo assessores de Musharraf, o presidente voltou a insistir que o estado de emergência só será cancelado quando a situação de segurança melhorar no país. “O presidente Musharraf deixou claro para o enviado americano que o estado de emergência só pode ser relaxado quando a situação relacionada à lei e à ordem melhorar”, disse o assessor à agência AFP. “Ele disse ao enviado que o estado de emergência serve para reforçar o aparato de cumprimento da lei na luta contra a militância e o extremismo”, disse. Eleições Negroponte também se encontrou com o general Ashfaq Kiyani, o sucessor apontado por Musharraf para quando deixar o comando do Exército. Musharraf prometeu deixar o posto militar quando a Suprema Corte ratificar seu próximo mandato como presidente. Na sexta-feira, Musharraf havia dito em entrevista à BBC que as armas nucleares de seu país estão seguras enquanto os militares permanecerem no comando. Segundo o general, caso as eleições tivessem sido levadas adiante sob o que ele classificou de "condições tumultuadas", havia o risco de o arsenal nuclear do Paquistão cair em mãos erradas. No último dia 3, Musharraf decretou estado de emergência no Paquistão, suspendeu a Constituição, demitiu juízes da Suprema Corte e prendeu opositores políticos. O presidente disse, no entanto, que as eleições parlamentares vão transcorrer como programadas, em janeiro. Para a oposição, as eleições não terão credibilidade caso sejam realizadas sob o estado de exceção. Benazir Bhutto Em entrevista a um programa de rádio da BBC, o presidente Musharraf descartou as chances de a líder da oposição e ex-primeira-ministra Benazir Bhutto vencer as eleições e disse que, na verdade, ela teme participar do pleito. O presidente chamou Bhutto de "queridinha do Ocidente", mas disse que "ela não gostaria de concorrer em uma eleição porque seu partido não está em condições de vencer". Nos últimos tempos, Bhutto, que lidera o Partido do Povo Paquistanês (PPP), principal sigla da oposição, vinha negociando um acordo de divisão de poder com Musharraf. Nesta semana, no entanto, a ex-premiê, que foi colocada duas vezes em prisão domiciliar nos últimos dias, afirmou que a possibilidade de um acordo com o general havia sido descartada completamente. Bhutto foi libertada de seu segundo período de prisão domiciliar na madrugada desta sexta-feira e disse que pretende se reunir com outros líderes de oposição para discutir um boicote às eleições parlamentares de janeiro. Na entrevista à BBC, o presidente rebateu as críticas sobre o estado de exceção e disse que eram os juízes e os políticos de oposição - e não ele - que estavam tentando desestabilizar o processo político e democrático no Paquistão. "Eu fiz algo constitucionalmente ilegal? Sim, eu fiz, no dia 3 de novembro. Mas eu havia feito isso antes? Nunca", disse Musharraf. "Quem está tentando desestabilizar o processo político e democrático? Sou eu? Ou são alguns elementos da Suprema Corte (...) e agora alguns elementos do campo político?" |
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