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Australiano em Guantánamo se declara 'culpado' | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Um cidadão australiano que se tornou o primeiro prisioneiro na base dos Estados Unidos na baía de Guantánamo, em Cuba, a comparecer perante um tribunal militar americano de acordo com novas regras ordenadas pela Suprema Corte, se declarou "culpado" das acusações. David Hicks, de 31 anos, é acusado de apoiar "terrorismo". Alega-se que ele esteve em campos de treinamento da al-Qaeda e lutou pelo Talebã no Afeganistão. Advogados de Hicks estão analisando a possibilidade de fazer um acordo que permita que ele possa ser entregue às autoridades australianas. Hicks compareceu ao tribunal na segunda-feira usando roupas de presidiário e cabelos longos até o peito. "Sem confiança no processo" Um dos integrantes da defesa, David McLeod, disse que seu cliente deixou os cabelos crescerem para tapar os olhos e evitar que a luz perturbasse o seu sono à noite. Segundo McLeod, Hicks "não tem muita confiança no processo" de julgamento. Hicks foi levado para Guantánamo em meados de 2002, depois de ter sido capturado no Afeganistão. Antes, ele trabalhava em uma fazenda na Austrália. O réu foi acusado formalmente e começou a ser julgado originalmente em agosto de 2004. A Suprema Corte americana, contudo, decidiu, no ano passado, que o sistema era inconstitucional. O governo do presidente George W. Bush apresentou uma versão revisada do sistema que foi aprovada pelo Congresso americano. Dois outros prisioneiros, Omar Khadr, do Canadá e Salim Ahmed Hamdan, do Iêmen, foram indiciados mas não compareceram ainda ao tribunal militar, de acordo com as autoridades americanas. Os Estados Unidos anunciaram planos de usar o novo sistema para processar cerca de 80 dos cerca de 380 prisioneiros ainda em Guantánamo. A organização de defesa dos direitos humanos, Anistia Internacional, condenou os tribunais e exigiu que os detentos sejam julgados no sistema judicial regular dos Estados Unidos. | NOTÍCIAS RELACIONADAS ONG pede boicote de julgamentos em Guantánamo22 março, 2007 | BBC Report Albânia vira refúgio para libertados de Guantánamo 12 janeiro, 2007 | BBC Report 'Guantánamo é prisão-modelo', diz autoridade dos EUA11 janeiro, 2007 | BBC Report EUA indiciam australiano preso em Guantánamo01 de março, 2007 | Notícias Relatório condena países da UE por conivência com CIA14 de fevereiro, 2007 | Notícias Ativistas antiguerra protestam perto de Guantánamo11 de janeiro, 2007 | Notícias EUA inauguram nova prisão em Guantánamo08 de dezembro, 2006 | Notícias Pentágono decide investigar abusos em Guantánamo14 de outubro, 2006 | Notícias | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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