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Comissão de Justiça rejeita criminalização de imigrantes | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A Comissão de Justiça do Senado americano rejeitou a proposta de mudança na lei de imigração do país que prevê penas criminais para os imigrantes ilegais encontrados nos Estados Unidos. Ao invés disso, o painel decidiu permitir que esses imigrantes tenham a sua situação legalizada e recebam cidadania desde que tenham empregos, passem por checagem de antecedentes criminais, aprendam inglês e paguem impostos e multas. A Comissão de Justiça também votou a favor do plano do presidente George W. Bush para a criação de um programa de trabalhadores convidados que permitiria que estrangeiros permanecessem no país por um tempo determinado exercendo funções específicas. O Senado americano deve debater as polêmicas mudanças na lei de imigração ainda nesta terça-feira. A lei prevê o uso de soldados e policiais para controlar a entrada de imigrantes e aumentar o controle de empregos além da criação de uma cerca de 1,1 mil quilômetros na fronteira com o México. Defesa Na segunda-feira, o presidente George W. Bush defendeu mudanças na lei de imigração para permitir a entrada de trabalhadores estrangeiros. "Precisamos de uma ampla reforma nas nossas leis de imigração que incluam três elementos: garantir a segurança da fronteira, fortalecer a aplicação das leis de imigração no interior do país e criar um programa de trabalhadores temporários", afirmou Bush num discurso, durante uma cerimônia de naturalização de 30 estrangeiros que receberam a cidadania americana. Imigração é um dos temas mais polêmicos atualmente nos Estados Unidos. De um lado, grupos de defesa de imigrantes e de empresários que se beneficiam com a mão-de-obra defendem um relaxamento da lei atual, com uma legislação que facilite a contratação de estrangeiros. De outro, estão os que pregam restrições ainda maiores, com maior vigilância na fronteira, incluindo a construção do muro na divisa com o México, e leis mais rígidas que penalizem empregadores que contratam trabalhadores ilegais. Bush rebateu todos os argumentos dos críticos no discurso: disse que a legalização dos trabalhadores vai facilitar o controle da fronteira, que os imigrantes não representam uma ameaça ao modo de vida americano porque o país foi fundado por imigrantes e, em vez de sugar recursos, os estrangeiros contribuem para a economia americana. Um estudo do Pew Hispanic Center, um centro de estudos de Washington, estima entre 11,5 milhões e 12 milhões os imigrantes ilegais no país. A maioria trabalha em setores que pagam pouco e exigem poucas qualificações. Os trabalhadores ilegais são 7,2 milhões de pessoas, o equivalente a 4,9% da mão-de-obra empregada nos Estados Unidos. O assunto tomou as ruas de várias cidades do país nos últimos dias. Desde quinta-feira passada, centenas de milhares de pessoas protestaram contra leis restritivas de imigração em cidades como Los Angeles, Fênix, Milwaukee, Dallas e Columbus. Na segunda-feira, houve protestos em Los Angeles, Washington e Detroit. Anistia Os estrangeiros ilegais representam 31% da mão-de-obra no setor de serviços, 17% no setor de limpeza, 14% em construção civil e 12% nas empresas de preparação de alimentos. O conceito mais debatido é anistia para os que já estão ilegalmente nos Estados Unidos. "Anistia seria injusto, porque permitiria que pessoas que violaram a lei passassem na frente dos que respeitaram as regras", afirmou Bush. "Anistia também não é inteligente, porque poderia estimular futuras ondas de imigrantes ilegais", disse o presidente. Mas os críticos ao relaxamento das leis dizem que a proposta de Bush representa uma anistia disfarçada. |
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