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Atualizado às: 27 de março, 2006 - 22h26 GMT (19h26 Brasília)
 
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Bush defende plano de novo status para imigrantes ilegais
 

 
 
Bush participa de cerimônia de naturalização de imigrantes em Washington
Bush participa de cerimônia de naturalização de imigrantes em Washington
O presidente George W. Bush defendeu mudanças na lei de imigração americana para permitir a entrada de trabalhadores estrangeiros, que hoje ingressam no país ilegalmente.

O assunto começou a ser debatido nesta segunda-feira na Comissão de Justiça, e deve ser discutido no plenário do Senado nas próximas duas semanas.

Várias propostas estão em discussão, nenhuma delas com garantia de aprovação da maioria dos senadores.

"Precisamos de uma ampla reforma nas nossas leis de imigração que incluam três elementos: garantir a segurança da fronteira, fortalecer a aplicação das leis de imigração no interior do país e criar um programa de trabalhadores temporários", afirmou Bush num discurso, durante uma cerimônia de naturalização de 30 estrangeiros que receberam a cidadania americana.

Imigração é um dos temas mais polêmicos atualmente nos Estados Unidos. De um lado, grupos de defesa de imigrantes e de empresários que se beneficiam com a mão-de-obra defendem um relaxamento da lei atual, com uma legislação que facilite a contratação de estrangeiros.

De outro, estão os que pregam restrições ainda maiores, com maior vigilância na fronteira, incluíndo a construção de um muro na divisa com o México, e leis mais rígidas que penalizem empregadores que contratam trabalhadores ilegais.

Bush rebateu todos os argumentos dos críticos no discurso: disse que a legalização dos trabalhadores vai facilitar o controle da fronteira, que os imigrantes não representam uma ameaça ao modo de vida americano porque o país foi fundado por imigrantes e, em vez de sugar recursos, os estrangeiros contribuem para a economia americana.

Visto temporário

Bush defende um visto de trabalho temporário, que dê direito a trabalhar legalmente nos Estados Unidos por um período, mas não permite a conversão do visto em naturalização ou cidadania.

A Comissão de Justiça passou o dia debatendo, nesta segunda-feira, um projeto para ser apresentado e discutido pelo plenário do Senado na terça-feira. O líder da maioria, senador Bill Frist, ameaçou colocar seu próprio projeto em debate no plenário se a Comissão não apresentar um aprovado pela maioria dos republicanos na Comissão.

O presidente da Comissão, o republicano Arlen Specter, da Pensilvânia, defende um lei que permita o trabalho temporário.

Um estudo do Pew Hispanic Center, um centro de estudos de Washington, estima entre 11,5 milhões e 12 milhões os imigrantes ilegais no país. A grande maioria trabalha em setores que pagam pouco e exigem poucas qualificações. Os trabalhadores ilegais são 7,2 milhões de pessoas, o equivalente a 4,9% da mão-de-obra empregada nos Estados Unidos.

Anistia

Os estrangeiros ilegais representam 31% da mão-de-obra no setor de serviços, 17% no setor de limpeza, 14% em construção civil e 12% nas empresas de preparação de alimentos.

O conceito mais debatido é anistia para os que já estão ilegalmente nos Estados Unidos. "Anistia seria injusto, porque permitiria que pessoas que violaram a lei passassem na frente dos que respeitaram as regras", afirmou Bush. "Anistia também não é inteligente, porque poderia estimular futuras ondas de imigrantes ilegais", disse o presidente.

Mas os críticos ao relaxamento das leis dizem que a proposta de Bush representa uma anistia disfarçada.

O senador democrata Edward Kennedy, autor, junto com o republicano John McCain, de um projeto que permite a legalização - anistia, na avaliação dos críticos - através do pagamento de multa e de impostos atrasados após a checagem de antecedentes criminais, concorda com a idéia de Bush.

A grande diferença entre os dois projetos é se a legalização vale somente para os que estão no exterior ou pode ser aplicada para os milhões de imigrantes que já estão no país.

Lei restritiva

A Câmara dos Representantes aprovou em dezembro do ano passado uma lei bastanta restritiva, que não prevê o sistema de trabalhadores temporários e criminaliza a contratação de imigrantes ilegais.

No discurso, Bush citou os brasileiros - junto com imigrantes vindos da Guatemala, Honduras e Nicarágua. Ele disse que desde que o governo mudou as regras e passou a deportar imediatamente todos os estrangeiros pegos pela polícia fronteiriça, o número de imigrantes ilegais atravessando a fronteira com o México diminuiu.

A senadora Dianne Feinstein, democrata da Califórnia, defendeu um sistema que permita a concessão de vistos de cinco anos para estrangeiros que querem trabalhar na agricultura. "Se as restrições aos empregadores foram colocadas em prática, esses empregadores vão ficar muito preocupados, porque eles sabem que a maioria dos trabalhadores não têm documento", afirmou a senadora nos debates da Comissão.

O estudo do Pew Hispanic Center mostra que os estrangeiros ilegais são 24% da mão-de-obra empregada na agricultura.

O assunto tomou as ruas de várias cidades do país nos últimos dias. Desde quinta-feira passada, centenas de milhares de pessoas protestaram contra leis restritivas de imigração em cidades como Los Angeles, Fênix, Milwaukee, Dallas e Columbus. Nesta segunda-feira, houve protestos em Los Angeles, Washington e Detroit.

 
 
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