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Chefe de polícia de Nova Orleans pede demissão | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O chefe de polícia de Nova Orleans, Eddie Compass, pediu demissão do cargo nesta terça-feira, depois de semanas de críticas à atuação da força policial durante e depois da passagem do furacão Katrina. Compass não deu nenhuma razão para sua decisão, mas um correspondente da BBC em Washington afirma que cresce a sensação de que ele calculou mal a situação e até que ponto a cidade estava vulnerável a saques e outros crimes. "Servi este departamento por 26 anos e estive presente em alguns dos momentos mais duros de sua história. Todo homem em uma posição de liderança tem que saber quando entregar seu reino", disse. O prefeito da cidade, Ray Nagin, disse que "é um dia triste para a cidade de Nova Orleans quando um herói toma uma decisão como essa. Ele deixa o departamento em boa forma". Segundo a agência de notícias Associated Press, nem Compass nem Nagin quiseram dizer se o chefe de polícia foi pressionado a renunciar. O presidente americano, George W. Bush, visitou a área devastada pelos furacões pela sétima vez nesta terça-feira. Segundo a agência de notícias France Presse, o número de mortos no Rita subiu para pelo menos dez, enquanto que as vítimas do Katrina já são 1.121 mil. Críticas A renúncia do chefe de polícia de Nova Orleans acontece no mesmo dia em que o ex-diretor da Agência Federal para a Administração de Emergências (Fema, na sigla em inglês), Michael Brown, responsabilizou autoridades locais da Louisiana pelas falhas nas operações de assistência às vítimas do Katrina. Em depoimento a uma comissão do Congresso americano que investiga a crise criada com a passagem do furacão pelo sul dos Estados Unidos, Brown admitiu ter cometidou erros, mas destacou as divergências entre o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, e a governadora do Estado da Louisiana, Kathleen Blanco. Segundo o ex-responsável pela Fema, as autoridades da Louisiana “vacilaram” ao ordenar a evacuação de pessoas de regiões atingidas. O furacão, um dos mais violentos a atingir o território americano, assolou partes da Louisiana, do Alabama e do Mississippi no dia 29 de agosto, causando uma grande inundação em Nova Orleans e matando cerca de mil pessoas. Brown renunciou ao cargo na Fema no dia 12 de setembro, depois que o governo americano foi criticado por aparentemente demorar a responder à crise. Ele negou que a Fema fosse culpada pela ocorrência de saques em Nova Orleans depois da passagem do furacão Katrina. "A Fema é uma agência de coordenação, nós não somos uma agência de implementação da lei", disse. Brown sugeriu que a Fema foi criticada injustamente porque muita gente acreditou erroneamente que ela funcionava como uma força federal de resposta rápida. A comissão parlamentar para a qual Brown prestou depoimento na Câmara dos Representantes é presidida por Tom Davis, um republicano da Virgínia. Muitos democratas boicotaram a investigação, pedindo um inquérito independente. Policiais Ainda nesta terça-feira, o Departamento de Polícia de Nova Orleans anunciou que vai investigar quase 250 oficiais que desapareceram na época do furacão. O subchefe de polícia Warren Riley, que assume a chefia interinamente, disse que cada caso vai ser analisado individualmente para determinar se os policiais tiveram razões legítimas para deixar o posto. |
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