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Atualizado às: 29 de agosto, 2005 - 20h32 GMT (17h32 Brasília)
 
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Furacão Katrina castiga três Estados dos EUA
 
Alguns dos moradores de Nova Orleans insistiram em ficar em casa
Alguns dos moradores de Nova Orleans insistiram em ficar em casa
O furacão Katrina causou estragos em construções, derrubou árvores, linhas de energia e causou alagamentos ao chegar ao litoral sul dos Estados Unidos, nesta segunda-feira.

A tempestade, que chegou a ser classificada com a categoria cinco - a mais alta na escala usada para medir a força dos furacões - perdeu a força nas últimas horas e foi rebaixada para a categoria um. Apesar disso, ela ainda tem potencial para causar grandes estragos, de acordo com meteorologistas.

Um boletim do Centro Nacional de Furacões, divulgado às 16h (hora de Brasília), afirma que o Katrina ainda tem ventos que alcançam cerca de 153 km/h, com rajadas ainda mais fortes, e se dirige para o interior do Estado do Mississippi.

Uma das cidades mais atingidas foi Nova Orleans, na costa do Estado da Louisiana, mas o Mississippi e o Alabama também estão sendo bastante afetados pela chuva e pelo vento.

Os ventos do Katrina arrancaram parte do teto de um estádio coberto em Nova Orleans, o Superdome, onde cerca de 90 mil pessoas tinham buscado abrigo. Milhares estão sem energia elétrica e também há relatos de inundações em Nova Orleans e em outras cidades costeiras, como Mobile, no Alabama.

No entanto, não há, até o momento, relatos de mortes ou feridos entre as vítimas do furacão.

Levantando um carro

O Katrina chegou ao Estado da Louisiana, atingindo Nova Orleans, com ventos de 250 km/h.

Antes, milhares de pessoas, principalmente as que viviam na parte baixa da cidade, foram retiradas e parte delas foram enviadas para o Superdome. Cerca de 80% dos moradores deixaram Nova Orleans.

Um correspondente da BBC no local, Alaistair Leithead, disse que as tempestades na cidade se transformaram em paredes de água, escorrendo como cachoeiras dos edifícios mais altos, e o barulho do vento é interrompido apenas pelo estalo das linhas de fornecimento de energia elétrica sendo interrompidas.

"Há uma grande quantidade de vidro quebrado. (...) A rua está coberta de escombros, placas quebradas, pedrados de metal, bancas de jornal, todas reviradas. Cabos de energia elétrica estão no chão", disse.

Leithead estava na área do bairro francês, patrimônio histórico da cidade, e afirma que os ventos, na área, chegaram a 160 km/h.

"Policiais com quem conversávamos sugeriram que a força do vento pode chegar até a 193 km/h. (O vento) levantou completamente a traseira de um carro e moveu o veículo pela rua", afirmou.

Orações

No Superdome, uma placa gigante, pintada com letras vermelhas, pedia: "Rezem por Nova Orleans, por favor".

A maior parte da população de Nova Orleans – mais de 80% - deixou suas casas no fim de semana.

"Se eles não tivesse aberto isto aqui (o estádio), muitas pessoas estariam flutuando no rio amanhã. Se é tão ruim como eles dizem, sei que minha velha casa não vai resistir", disse Merril Rice, de 64 anos.

Alguns moradores procuraram refúgio em hotéis da cidade e até tentaram permanecer no lobby do hotel para gravar imagens da destruição na rua.

"Ainda não está tão ruim como esperamos que fique. A previsão é que o lobby seja inundado", disse Melisa Kennedy, de 31 anos, gerente-geral do hotel Best Western de Nova Orleans. Kennedy pediu que os hóspedes voltassem para os quartos por segurança.

O leste da cidade também teve inundações. Um morador da área Chris Robinson, que escolheu permanecer em sua casa, afirmou que o nível da água estava subindo muito rápido na região.

"Tenho um martelo, um machado e uma alavanca, mas estou esperando até o último minuto para escapar pelo telhado. Digam que venham me pegar aqui, por favor, quero viver", disse Robinson pelo telefone celular.

O presidente americano, George W. Bush, decretou estado de emergência em Louisiana, Alabama e Mississippi, abrindo o caminho para o envio de ajuda federal às pessoas afetadas.


 
 
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