Colonos dizem que maioria dos moradores se negará a sair por bem

De acordo com um documento provisório formulado pelo Conselho de Segurança Nacional do país, os moradores dos assentamentos listados teriam até 1º de setembro de 2005 para sair.

Eles devem receber compensação em dinheiro para poder comprar propriedade em outra localidade. Segundo a imprensa local, cada uma das cerca de 2 mil famílias envolvidas teria direito a cerca de US$ 300 mil.

Aqueles que não deixarem as colônias dentro desse prazo serão retirados à força pelo Exército.

Pressões

O documento ainda não recebeu aprovação oficial do primeiro-ministro Ariel Sharon. Algumas autoridades dizem que o cronograma ainda pode sofrer alterações em razão de pressões políticas.

Partidos que integram a coalizão governista se opõem à retirada, assim como a maioria dos militantes do Likud, o partido de Sharon, que rejeitou a iniciativa num referendo.

Um porta-voz dos colonos judeus em Gaza disse à agência Reuters que a maioria dos cerca de 7,5 mil moradores dos assentamentos ameaçados não vão concordar em deixar suas casas.

No domingo, o gabinente de ministros aprovou em príncipio a retirada proposta por Sharon, mas estipulou que a operação não deveria começar antes de março de 2005.

Ficou acertado ainda que a retirada se dará em quatro etapas, com uma votação no gabinete antes de cada um delas.

Sharon tem dito que pretende concluir a evacuação até o fim de 2005. O cronograma apresentado esta semana, que prevê uma saída ainda mais acelerada, indica a determinação do primeiro-ministro em seguir adiante com o projeto.