Países negociam presença egípcia na fronteira após retirada israelense

Ele se reuniu com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e afirmou que os dois países estão trabalhando conjuntamente em busca de um plano para depois da retirada.

"Estamos muito perto de um entendimento que permitirá a eles (o Egito) ter mais de cem soldados na parte egípcia da fronteira", disse Shalom em entrevista coletiva no Cairo.

Os detalhes desse plano não foram revelados. Israel espera que os egípcios atuem no controle da fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, próximo à cidade de Rafah, habitualmente utilizada por militantes palestinos para contrabandear armas para a região.

Segurança

Há também relatos de que o Egito ajudaria a treinar uma nova força de segurança que seria estabelecida em Gaza.

Um correspondente da BBC no Cairo afirmou haver preocupação entre as autoridades egípcias sobre as conseqüências para a região de uma retirada israelense.

O governo do presidente Mubarak teria temores de que o vácuo de poder levasse o território ao caos e provocasse uma tomada do poder local por radicais islâmicos.

O plano de desmantelamento dos 21 assentamentos judaicos nos territórios palestinos de Gaza, proposto pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, foi aprovado pelo gabinete de ministros no domingo.

Violência

Em mais um episódio de violência na Faixa de Gaza, soldados israelenses mataram a tiros um palestino de 17 anos que, segundo disseram, agia de forma suspeita em Khan Yunis.

Na Cisjordânia, outro palestino, que teria problemas de dificuldade de aprendizado, morreu baleado. Segundo um porta-voz militar israelense, ele ignorou advertências para que parasse e tentou fugir correndo.