Bloco está expandindo suas atividades na Ásia

A admissão de Bulgária, Estônia, Lituânia, Letônia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia foi marcada com uma cerimônia na Casa Branca, a sede do governo americano.

Essa é a maior expansão da história da Otan, criada em 1949 para "defender" a Europa Ocidental da antiga União Soviética, e que atualmente conta com 19 países.

Uma segunda cerimônia será realizada na sede da Otan em Bruxelas, na Bélgica, na próxima sexta-feira.

Três outros candidatos

O presidente americano, George W. Bush, recebeu os primeiros-ministros dos sete novos membros, assim como o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer.

"Enquanto a Otan se prepara para enfrentar os novos desafios do século 21, a entrada desses países vai representar um avanço na causa libertária e vai reforçar a Aliança do Atlântico, o pilar central das relações transatlânticas", disse um comunicado divulgado pelo governo americano.

A Romênia e a Bulgária foram os candidatos mais entusiastas entre os sete, com a maioria de suas populações votando favoravelmente à sua entrada no bloco.

Na Bulgária, será feriado na próxima sexta-feira.

Mas os planos do Ministério do Exterior búlgaro de distribuir vinho e cerveja de graça em taças com a insígnia da Otan foram cancelados depois de reclamações dos representantes do bloco em Bruxelas.

A oposição da Rússia

Desde o fim da Guerra Fria, as fronteiras da Otan têm se expandido em direção ao leste.

Os primeiros a entrar foram Polônia, Hungria e República Tcheca.

Dentre os novos membros, Lituânia, Letônia e Estônia faziam parte da antiga União Soviética.

A Rússia manifestou sua irritação em relação à inclusão desses países no bloco, temendo uma ameaça à sua segurança e também a interferência americana na região.

A Otan concordou em incluir os três países bálticos em seu escudo aéreo e planeja reforçá-lo estacionando quatro caças F-16 na Lituânia.

Segundo o especialista em assuntos de defesa da BBC, Jonathan Marcus, a admissão dos novos países na Otan é uma espécie de "rito de passagem", uma confirmação da sua transformação em nações democráticas e voltadas para uma economia de mercado.

Ainda de acordo com Marcus, a própria Otan está mudando, assumindo novas missões no Afeganistão e buscando novas frentes no Norte da África, em meio às preocupações globais com o terrorismo.

O correspondente da BBC diz também que o governo americano está enxergando os territórios dos novos países-membros como potenciais locais para a instalação de bases militares, reforçando o poder dos Estados Unidos no Oriente Médio.