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Novo diretor do FMI diz que proposta do Brasil para déficit é 'útil' | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O novo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), o espanhol Rodrigo Rato, disse nesta quarta-feira que considera “útil” a proposta do Brasil para mudar a forma de cálculo do déficit público. "Projetos pilotos como esse do Brasil, nos quais o Fundo já está trabalhando com as autoridades, poderão ser muito úteis para contribuir no esclarecimento das contas públicas”, afirmou ele. O espanhol afirmou ainda que para conseguir a revisão dos cálculos do déficit primário, é preciso demonstrar seriedade nas contas públicas. O ex-ministro da Economia da Espanha disse que já conversou com representantes do governo Lula sobre os impasses e probabilidades da aprovação da proposta. 'Veracidade nas contas' "A posição do Fundo é analisar como pode ser feito o melhor reflexo dessas operações de infra-estrutura, partindo da base de que as contas públicas devem ser precisas”, afirmou Rato. “Não seria bom para ninguém, e muito menos para os governos, que houvesse qualquer dúvida sobre a veracidade dessas contas. Isso inclusive as autoridades brasileiras reconhecem. Eu mesmo falei com o ministro Palocci sobre essa questão", disse ele. Para ele, as mudanças seriam um reflexo da importância que as obras de infra-estrutura têm para o desenvolvimento econômico e social dos países. Rodrigo Rato, que foi ministro da Economia do governo Aznar até o mês passado, assume a direção do FMI em junho para um mandato de cinco anos. O novo diretor deve ter o apoio dos governos latino-americanos, com quem Rato disse ter relações especiais: "É verdade que conheço muitos ministros da região e mantenho boas relaçoes com eles." Argentina Mas isso não vai significar tratamento diferenciado. Para o caso da Argentina, onde ele pessoalmente (como ministro da Espanha) interviu como mediador na última crise com o FMI, nao haverá novass intervenções. "Agora a negociação é só entre a Argentina e seus credores. O FMI segue as negociações com muita atenção, mas é uma questão bilateral onde não entramos. O que o governo argentino deve fazer é sustentar sua dívida e voltar a dar credibilidade a seus credores", disse. Quanto ao movimento contra a globalização, Rato afirmou que estará aberto a ouvir todas as críticas que forem construtivas. "As críticas sao bem-vindas e merecem ser analisadas. O FMI é uma instituição que aprende." Com 184 países membros e um orçamento anual de cerca de US$ 300 bilhões – dos quais aproximadamente US$ 100 bilhões são para empréstimos a 87 nações com quem colabora – o FMI terá a partir de 2004 um novo departamento para o combate aos grupos que cometem atentados. O diretor eleito confirmou que o Fundo está investigando fontes de financiamento das organizações criminosas. |
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