10 de julho, 2004 - 08h17 GMT (05h17 Brasília)
O combate e o tratamento da Aids exige 100 mil pessoas a mais do que há hoje engajadas na tarefa em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde e a Unaids, a agência da ONU para o combate à doença.
Este é um dos requisitos apontados pelas organizações para que se chegue à meta de levar tratamentos para 3 milhões de pessoas em países em desenvolvimento até o final de 2005.
Elas afirmam que, para atingir este total, será necessário investir US$ 5,5 bilhões (R$ 16,7 bilhões).
Os dados fazem parte de um relatório divulgado às vésperas da abertura da 15ª Conferência Internacional da Aids, que começa domingo em Bangcoc, na Tailândia.
Emergência
Segundo as organizações, hoje os tratamentos contra a Aids beneficiam o dobro de pessoas nos países em desenvolvimento do que dois anos atrás.
Ainda assim, este número – 440 mil – fica abaixo da meta estabelecida no final do ano passado para esta época, que é de 500 mil.
O total é ainda menos impressionante quando se considera a estimativa de que 30 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus HIV nos países em desenvolvimento.
De acordo com os relatórios, a inexistência de infra-estrutura adequada continua impedindo que os tratamentos disponíveis sejam usados de forma eficiente em vários países.
“A falta de acesso a tratamentos continua a ser uma emergência global na área de saúde”, disse o diretor-geral da OMS, Lee Jong-wook.