|
Déficit dos EUA vai passar de US$ 1 tri, prevê Congresso
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A rápida desaceleração da economia americana vai levar a um déficit orçamentário de US$ 1,18 trihão (cerca de R$ 2,62 trilhões),
segundo a Comissão de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos.
O déficit previsto para o ano fiscal que se encerra em 30 de setembro é o maior já registrado e mais do que o dobro do registrado no ano passado, de US$ 455 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão). A previsão não leva em conta o pacote de US$ 800 bilhões preparado pela equipe do presidente eleito Barack Obama para estimular a economia americana. Os dados da comissão ressaltam as profundas dificuldades econômicas que o novo presidente vai enfrentar a partir do dia 20, quando toma posse. A comissão afirma que, apesar das previsões de recuperação da economia americana, o déficit em 2010 será de mais de US$ 700 bilhões. A projeção para os próximos cinco anos é de um déficit acumulado de cerca de US$ 2 trilhões. Pacote O déficit previsto para este ano fiscal representa 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB) americano. O recorde anterior era de um déficit orçamentário de 6% do PIB, registrado em 1983. Segundo a comissão, a principal causa para o déficit orçamentário deste ano é a acentuada queda em arrecadação de impostos, projetada em 6,6%, assim como um aumento nos gastos devido ao plano de resgate da economia. Os dados divulgados nesta quarta-feira chamam a atenção para o tamanho do pacote elaborado por Obama. O presidente eleito já disse que a economia americana está "muito doente" e que a situação está piorando. "Potencialmente, nós teremos déficits na casa do trilhão de dólares nos próximos anos, mesmo com a recuperação econômica que estamos buscando no momento", disse Obama. Obama tem se reunido com líderes do Congresso para buscar apoio a seu pacote, que deverá custar entre US$ 700 bilhões e US$ 800 bilhões nos próximos dois anos e criar até 3 milhões de empregos. Desse montante, cerca de US$ 300 bilhões serão destinados a cortes de impostos. O pacote também prevê aumento de gastos em infra-estrutura e ajuda aos Estados. Equilíbrio Obama disse, porém, que está determinado a apresentar planos para equilibrar o orçamento no longo prazo. O presidente eleito indicou Nancy Killefer para um novo cargo no qual ela será encarregada de controlar o orçamento e melhorar a eficiência do governo. Segundo Obama, para restabelecer a confiança no governo é necessário "colocar o governo ao lado dos contribuintes e do americano comum". No entanto, o presidente eleito também está comprometido com grandes reformas nos setores de saúde, educação e meio ambiente, que deverão incluir aumento de gastos. O Federal Reserve (Fed, como é chamado o banco central americano) já reduziu a taxa de juros dos Estados Unidos a quase zero em uma tentativa de impulsionar a economia. Mas mesmo economistas republicanos, como Martin Feldstein, que era assessor de Ronald Reagan, dizem agora que é necessário um estímulo fiscal devido aos problemas nos mercados de crédito. Enfraquecimento Novos dados previstos para esta semana deverão reforçar os sinais de enfraquecimento da economia americana. O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos deverá divulgar na sexta-feira os dados sobre emprego relativos a dezembro de 2008. Muitos economistas esperam um aumento no desemprego, com a perda de 500 mil vagas em dezembro, e um total acumulado de 2,5 milhões de postos de trabalho fechados em 2008. Obama também vai sofrer pressão para destinar mais recursos para a indústria automotiva, que enfrenta uma grave crise. A General Motors e a Chrysler já receberam auxílio financeiro do governo para os próximos três meses. As montadoras afirmam que 3 milhões de empregos podem ser cortados se a indústria entrar em colapso. O déficit orçamentário também não inclui cerca de US$ 350 bilhões (metade do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro) em resgate ao setor financeiro que ainda não foram gastos. No longo prazo, o governo também deverá enfrentar custos mais altos no pagamento de beneficios de aposentadoria e assistência de saúde, já que a geração nascida no Baby Boom começa a se aposentar na próxima década. |
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Economia dos EUA vai encolher ainda mais em 2009, diz Fed07 janeiro, 2009 | BBC Report
Novo Congresso inicia trabalhos com polêmica nos EUA06 janeiro, 2009 | BBC Report
Brics vão impulsionar crescimento por 3 anos, diz criador do termo06 janeiro, 2009 | BBC Report
Obama discute com Congresso plano de até US$ 800 bi05 janeiro, 2009 | BBC Report
Obama e família se mudam para hotel em Washington04 janeiro, 2009 | BBC Report
EUA anunciam ajuda de US$ 6 bi a financeira da GM30 dezembro, 2008 | BBC Report
Fed reduz juros nos EUA ao menor nível já registrado16 dezembro, 2008 | BBC Report
EUA registram deflação de 1,7% em novembro16 dezembro, 2008 | BBC Report
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||