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Atualizado às: 07 de janeiro, 2009 - 21h46 GMT (19h46 Brasília)
 
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Déficit dos EUA vai passar de US$ 1 tri, prevê Congresso
 

 
 
Liquidação nos Estados Unidos
Principal causa de déficit é queda de arrecadação, diz comissão
A rápida desaceleração da economia americana vai levar a um déficit orçamentário de US$ 1,18 trihão (cerca de R$ 2,62 trilhões), segundo a Comissão de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos.

O déficit previsto para o ano fiscal que se encerra em 30 de setembro é o maior já registrado e mais do que o dobro do registrado no ano passado, de US$ 455 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão).

A previsão não leva em conta o pacote de US$ 800 bilhões preparado pela equipe do presidente eleito Barack Obama para estimular a economia americana.

Os dados da comissão ressaltam as profundas dificuldades econômicas que o novo presidente vai enfrentar a partir do dia 20, quando toma posse.

A comissão afirma que, apesar das previsões de recuperação da economia americana, o déficit em 2010 será de mais de US$ 700 bilhões.

A projeção para os próximos cinco anos é de um déficit acumulado de cerca de US$ 2 trilhões.

Pacote

O déficit previsto para este ano fiscal representa 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB) americano. O recorde anterior era de um déficit orçamentário de 6% do PIB, registrado em 1983.

Segundo a comissão, a principal causa para o déficit orçamentário deste ano é a acentuada queda em arrecadação de impostos, projetada em 6,6%, assim como um aumento nos gastos devido ao plano de resgate da economia.

Os dados divulgados nesta quarta-feira chamam a atenção para o tamanho do pacote elaborado por Obama.

O presidente eleito já disse que a economia americana está "muito doente" e que a situação está piorando.

"Potencialmente, nós teremos déficits na casa do trilhão de dólares nos próximos anos, mesmo com a recuperação econômica que estamos buscando no momento", disse Obama.

Obama tem se reunido com líderes do Congresso para buscar apoio a seu pacote, que deverá custar entre US$ 700 bilhões e US$ 800 bilhões nos próximos dois anos e criar até 3 milhões de empregos.

Desse montante, cerca de US$ 300 bilhões serão destinados a cortes de impostos. O pacote também prevê aumento de gastos em infra-estrutura e ajuda aos Estados.

Equilíbrio

Obama disse, porém, que está determinado a apresentar planos para equilibrar o orçamento no longo prazo.

O presidente eleito indicou Nancy Killefer para um novo cargo no qual ela será encarregada de controlar o orçamento e melhorar a eficiência do governo.

Segundo Obama, para restabelecer a confiança no governo é necessário "colocar o governo ao lado dos contribuintes e do americano comum".

No entanto, o presidente eleito também está comprometido com grandes reformas nos setores de saúde, educação e meio ambiente, que deverão incluir aumento de gastos.

O Federal Reserve (Fed, como é chamado o banco central americano) já reduziu a taxa de juros dos Estados Unidos a quase zero em uma tentativa de impulsionar a economia.

Mas mesmo economistas republicanos, como Martin Feldstein, que era assessor de Ronald Reagan, dizem agora que é necessário um estímulo fiscal devido aos problemas nos mercados de crédito.

Enfraquecimento

Novos dados previstos para esta semana deverão reforçar os sinais de enfraquecimento da economia americana.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos deverá divulgar na sexta-feira os dados sobre emprego relativos a dezembro de 2008.

Muitos economistas esperam um aumento no desemprego, com a perda de 500 mil vagas em dezembro, e um total acumulado de 2,5 milhões de postos de trabalho fechados em 2008.

Obama também vai sofrer pressão para destinar mais recursos para a indústria automotiva, que enfrenta uma grave crise. A General Motors e a Chrysler já receberam auxílio financeiro do governo para os próximos três meses.

As montadoras afirmam que 3 milhões de empregos podem ser cortados se a indústria entrar em colapso.

O déficit orçamentário também não inclui cerca de US$ 350 bilhões (metade do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro) em resgate ao setor financeiro que ainda não foram gastos.

No longo prazo, o governo também deverá enfrentar custos mais altos no pagamento de beneficios de aposentadoria e assistência de saúde, já que a geração nascida no Baby Boom começa a se aposentar na próxima década.

 
 
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