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Atualizado às: 16 de novembro, 2008 - 09h59 GMT (07h59 Brasília)
 
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Cúpula do G20 é sinal de mudança nos tempos
 

 
 
Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush na reunião do G20
Reunião mostrou importância dos países em desenvolvimento
A cúpula do G20 em Washington foi um evento impressionante primeiro de tudo por conta de quem estava lá.

Encontros para discutir a economia global costumavam ter apenas a presença do G7 e depois do G8.

Tratava-se de um negócio para países ricos, que depois passaram a convidar a Rússia, nos anos 90, com objetivo de discutir questões políticas internacionais, não para levantar discussões em torno da economia.

Hoje os tempos são outros. O problema econômico global precisava da presença dos líderes dos países em desenvolvimento.

O G20 estava estabelecido como um fórum para ministros das Finanças tendo as maiores economias em desenvolvimento como membros – China, índia, Rússia, Brasil, Arábia Saudita e outros.

E assim vieram para Washington, como países afetados pela crise financeira dos países desenvolvidos e, em alguns casos, como os que poderão ajudar a solucioná-la.

O comunicado divulgado após a cúpula não vai por si só mudar o mundo.

O maquinário político da economia global não vai virar de cabeça para baixo apesar desses grandes países em desenvolvimento estarem começando a ter importante influência neste processo.

No entanto, há alguns elementos no que foi acordado que podem levar a mudanças significativas.

No objetivo a curto prazo de limitar as conseqüências da crise financeira, há um pedido para cooperação em políticas econômicas e para que os países usem as finanças do governo para estimular o crescimento.

Ficará a cargo de cada país decidir o que fazer, mas o comunicado fornece algum tipo de “proteção” se eles sofrerem críticas dentro de casa, devido a medidas potencialmente polêmicas, como corte de impostos e aumento dos gastos públicos para governos cujas finanças já estão apertadas.

'Provisão dinâmica'

Haverá sem dúvida uma desaceleração econômica, uma recessão em muitos países, e um período de crescimento econômico lento para a maioria, ou talvez todos os outros.

Já tem havido coordenação entre os Bancos Centrais. E se esta reunião significar mais cooperação, também ajudará.

O problema a longo prazo será reduzir os riscos da ocorrência dos atuais eventos que causaram a crise. E mudanças na regulação financeira estarão no centro deste processo.

Elas são menos urgentes, por isso a cúpula encomendou mais trabalhos por parte dos ministros das Finanças do G20, dando como prazo final março de 2009.

E vale a pena dedicar algum tempo a questões técnicas mais complexas porque qualquer atraso neste processo terá o selo de aprovação do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama.

O objetivo é ter uma regulação bancária que não exacerba os ciclos de rápida expansão e conseqüente “explosão da bolha”.

O sistema da Espanha atraiu bastante interesse porque requer que os bancos construam um amortecedor financeiro nos anos de bonança que possa ajudá-los a absorver as perdas nos tempos ruins quando aumenta o índice de inadimplência.

O princípio básico não é exatamente um bicho de sete cabeças, apesar de seu nome, “provisão dinâmica”, parecer.

Neste sentido é possível que a cúpula desencadeie algumas ações significativas.

Certamente, já alterou o elenco de personagens para os quais teremos de olhar no futuro para lidar com os problemas econômicos mundiais.

 
 
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