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Protestos marcam passagem da tocha olímpica por Londres
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A passagem da tocha olímpica por Londres está sendo marcada por protestos pró-Tibete sob a neve que cai na cidade no início
da primavera européia.
O início da jornada da tocha na capital britânica foi no estádio de Wembley, de onde o remador Steve Redgrave, detentor do maior número de medalhas olímpicas pelo país, saiu correndo empunhando a tocha. Mesmo antes da saída da tocha de Wembley, houve confusão gerada por manifestantes pró-Tibete e três pessoas foram detidas pela polícia. Os protestos continuaram e apesar do cerco policial um manifestante conseguiu agarrar a tocha nas mãos da apresentadora do programa infantil Blue Peter, Konnie Huq, antes de ser imobilizado pela polícia. Em uma entrevista à BBC, a apresentadora disse que percebeu a presença de manifestantes na rua durante sua corrida, mas não esperava que um deles iria conseguir chegar à tocha. "Eu condeno a atitude da China e lamento que o país tenha um histórico tão ruim em relação aos direitos humanos e acho que muitos atletas sentem o mesmo", afirmou Huq. "Mas eu acredito nos valores e nos ideais dos Jogos Olímpicos e por isso participei da corrida", acrescentou. Até o momento, a polícia britânica diz ter detido pelo menos 10 pessoas durante a passagem da tocha olímpica por Londres, que também foi marcada por vaias em vários pontos. Milhares de pessoas enfrentaram a neve em Londres para assistir à passagem da tocha pela cidade e grupos pró-China também saíram às ruas para mostrar seu apoio aos jogos olímpicos. A tocha também deve passar por Downing Street, residência do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que disse neste sábado que não vai boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim para forçar um entendimento entre a China e o Tibete, argumentando que o próprio Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, se opõe a uma ação deste tipo. Gordon Brown disse que vai participar da cerimônia de passagem da tocha olímpica pela capital britânica, apesar de ter recebido pedidos para se abster do evento. "O próprio Dalai Lama não quer ver um boicote dos Jogos Olímpicos e é por isso que eu disse que como país-sede dos jogos de 2012 eu vou aos jogos (de Pequim) assim como sei que muitos outros vão", afirmou Brown em uma conferência internacional de líderes de centro-esquerda. Diálogo Brown ressaltou que é "importante reconhecer que as tensões entre os tibetanos e as autoridades chinesas só podem ser resolvidas por meio do diálogo". As declarações de Brown foram feitas após o jornal francês Le Monde publicar uma reportagem citando que a ministra francesa dos Direitos Humanos, Rama Yade, teria imposto condições para que o presidente Nicolas Sarkozy compareça aos jogos. A ministra, no entanto, negou neste sábado que tenha "imposto condições" e disse ter sido citada "erroneamente" pelo diário francês. Segundo o Le Monde, a ministra teria dito que Sarkozy só irá aos Jogos se a China puser fim à violência contra a população e libertar prisioneiros, esclarecer os eventos ocorridos no Tibete e abrir negociações com o Dalai Lama. Ainda assim, analistas acreditam que com a passagem da tocha por Paris na segunda-feira, alguns membros do governo devem deixar claro sua intenção de não comparecer à cerminônia de abertura das Olimpíadas. A tocha olímpica está sendo repassada entre 80 atletas, artistas e autoridades em Londres, que percorrem ao todo quase 50 quilômetros pelas ruas da cidade. |
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