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Atualizado às: 02 de março, 2008 - 15h13 GMT (12h13 Brasília)
 
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Hospitais de Gaza dizem estar 'à beira do colapso'
 

 
 
Menino palestino ferido é atendido em hospital de Gaza
Ofensiva israelense já deixou mais de 80 mortos desde quarta-feira
Autoridades médicas na Faixa de Gaza advertiram neste domingo que os hospitais na região estão “à beira de um colapso”, diante do grande numero de mortos e feridos nos ataques israelenses dos últimos dias.

Ao menos 80 palestinos já foram mortos no conflito desde a quarta-feira, quando Israel começou suas operações de retaliação pelas dezenas de ataques palestinos com foguetes contra o sul de seu território e que deixaram um estudante morto na cidade de Sderot.

O governo israelense responsabiliza o partido islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, pelos ataques e promete uma ofensiva em larga escala contra o grupo.

No sábado pelo menos 60 palestinos foram mortos, o maior número registrado em um só dia desde o inicio da última Intifada (revolta popular palestina), no ano 2000.

Fronteira aberta

Os hospitais na Faixa de Gaza estariam sofrendo com falta de camas, equipamentos, medicamentos, agulhas e sangue e informam que não conseguem mais absorver o grande número de feridos nos ataques israelenses.

Depois de um apelo do grupo Hamas ao Egito, as autoridades egípcias concordaram em abrir a fronteira de Rafah para possibilitar a passagem de feridos.

O Egito enviou 27 ambulâncias à fronteira de Rafah para transportar feridos palestinos a hospitais egípcios.

De acordo com Halil Nahal, diretor da UTI do hospital Shifa de Gaza, “o hospital geralmente destina 11 camas para a UTI, porém em vista da gravidade dos ferimentos, neste domingo 95 pacientes se encontram em esquema de UTI”.

“A situação está muito difícil, a cada meia hora recebo mais um paciente que necessita de UTI”, disse Nahal ao site de noticias Ynet.

Novas mortes

Neste domingo, a ofensiva israelense na Faixa de Gaza continua, e desde a manhã ao menos mais dez palestinos foram mortos.

Militantes palestinos também continuam lançando foguetes contra o sul de Israel. Neste domingo 25 foguetes já atingiram as cidades de Sderot e Ashkelon e outros vilarejos no sul do país.

Não houve feridos graves, porém os foguetes atingiram uma casa e uma fábrica em Sderot, causando sérios danos materiais.

A onda de violência dos últimos dias, antes restrita à Faixa de Gaza, já começa a se alastrar também para a Cisjordânia.

Milhares de palestinos protestaram em diversas cidades da Cisjordânia, contra os ataques israelenses à Faixa de Gaza.

Os choques mais violentos foram registrados na cidade de Hebron, onde centenas de palestinos se confrontaram com as tropas israelenses, que abriram fogo contra os manifestantes.

Um adolescente palestino de 13 anos foi morto e 40 pessoas ficaram feridas.

Contatos suspensos

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, reiterou a decisão da Autoridade Palestina de suspender “qualquer contato com Israel”, em decorrência dos ataques na Faixa de Gaza.

No sábado o chefe da equipe de negociações da Autoridade Palestina, Ahmed Qorei, havia telefonado à ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, e anunciou a decisão de suspender as negociações de paz com Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, rejeitou as criticas à operação militar de Israel, feitas pela União Européia e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que qualificaram a operação como “exagerada” e “desproporcional”.

“Tenho ouvido críticas de que Israel estaria usando força demais”, disse Olmert em uma reunião do gabinete, “e que está ferindo civis”.

“Ninguém tem o direito de passar lições de moral ao Estado de Israel, que está agindo para se defender e impedir que centenas de milhares de residentes do sul do país continuem expostos a um bombardeio incessante que causa transtornos a suas vidas”, afirmou o premiê de Israel.

 
 
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