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Atualizado às: 27 de outubro, 2007 - 05h17 GMT (03h17 Brasília)
 
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EUA não vão agir contra rebeldes curdos, diz comandante no Iraque
 
Armamento turco na fronteira com o Iraque
Governo turco diz esperar 'ação imediata' do Iraque contra PKK
O principal comandante militar americano no norte do Iraque, general Benjamin Mixon, afirmou nesta sexta-feira que não há planos de uma ofensiva contra os rebeldes do grupo separatista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) que atuam na fronteira com a Turquia.

Em uma videoconferência com jornalistas, o general Mixon disse que não tem informações confiáveis sobre os locais onde os rebeldes operam no norte do Iraque e que não tem ordens para agir contra eles. O PKK tem lançado ataques contra a Turquia a partir de suas bases no norte do Iraque, na região do Curdistão

Os comentários do comandante americano foram feitos no mesmo dia em que o ministro do Exterior da Turquia, Ali Babacan, considerou insatisfatórias as medidas propostas pelo Iraque para conter os rebeldes do PKK, entre elas a de fechar os escritórios do grupo.

Depois de se reunir com uma delegação iraquiana em Ancara, Babacan elogiou a atitude "sincera" e "bem-intencionada" dos representantes do Iraque, mas disse que as idéias sugeridas "levariam muito tempo para ser colocadas em prática".

O ministro afirmou que o governo turco espera do Iraque uma ação mais imediata contra o PKK.

Lista

A delegação, liderada pelo ministro da Defesa do Iraque, Abdul-Qader Mohammed Jassim, e integrada também por funcionários da Embaixada americana em Bagdá, foi a Ancara para tentar resolver o impasse e evitar um ataque da Turquia contra as posições do PKK em território iraquiano.

Segundo o correspondente da BBC em Ancara, Jonny Dymond, as promessas do Iraque de fechar os escritórios do PKK estão aquém das exigências da Turquia.

De acordo com Dymond, o governo turco quer que as bases do PKK nas montanhas do extremo norte iraquiano sejam neutralizadas.

O vice-primeiro-ministro turco, Cemil Cicek, disse que foi entregue aos representantes iraquianos uma lista com nomes de integrantes do PKK que a Turquia exige que sejam extraditados.

"Eles são todos criminosos, nem que seja por fazer parte de um grupo terrorista. Nós queremos que todos eles sejam entregues", disse Cicek.

Ataques

Além da Turquia, os Estados Unidos e a União Européia também consideram o PKK uma organização terrorista.

O grupo, formado no final da década de 70, luta pela autonomia curda e tem cerca de 3 mil homens baseados no Iraque.

A tensão na região foi agravada no último domingo, quando rebeldes do PKK atacaram uma patrulha militar turca, matando 12 soldados. Segundo o governo turco, outros oito soldados estão desaparecidos desde o ataque.

A Turquia já avisou que não vai tolerar novos ataques dos rebeldes.

Nesta sexta-feira, jatos e helicópteros turcos bombardearam posições rebeldes na fronteira, mas ainda não está claro se essas incursões foram em solo iraquiano.

Desde os ataques do último domingo, o governo turco vem sofrendo intensa pressão popular para agir e deixou claro que as negociações com a delegação iraquiana em Ancara podem ser a última chance de evitar uma ação militar contra os rebeldes no Iraque.

 
 
Soldado turcoTurquia
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