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Atualizado às: 26 de outubro, 2007 - 07h49 GMT (05h49 Brasília)
 
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Mecha de cabelo de Che é vendida por US$ 119,5 mil
 
Mecha de cabelo de Che Guevara vendida em leilão
Cabelo foi retirado do cadáver de Che por agente da CIA, em 1967
Uma mecha de cabelo do líder revolucionário Ernesto Che Guevara foi vendida por US$ 119,5 mil nesta quinta-feira, em um leilão realizado na cidade americana de Dallas.

A mecha de oito centímetros foi retirada do cadáver do revolucionário pelo ex-agente da CIA (a agência de inteligência americana) Gustavo Villoldo, que participou da captura e da execução de Che, em outubro de 1967, na Bolívia.

Além do cabelo, o lote negociado incluía outros objetos relacionados à morte de Che, como fotografias do cadáver e impressões digitais tiradas do revolucionário depois de sua morte, além do mapa do local onde ele foi capturado e de cartas.

As relíquias foram vendidas para o único interessado, Bill Butler, de 61 anos, dono de uma livraria nos arredores de Houston. Butler fez o lance por telefone pagou o preço de reserva, acrescido de um prêmio.

A vice-presidente de mercado da casa de leilões Heritage Auction Galleries, Kelly Norwine, disse à BBC que o comprador pretende deixar o cabelo do revolucionário em exposição em sua livraria.

Protestos

A venda não foi a primeira do tipo feita pela Heritage Auction Galleries. A empresa já vendeu em ocasiões anteriores madeixas de personagens famosos, como Abraham Lincoln, Elvis Presley e Marilyn Monroe.

Desta vez, no entanto, o leilão provocou protestos por parte da viúva e de admiradores de Che.

A empresa promotora reforçou a segurança para o pregão por temor de manifestações.

Segundo Norwine, um grupo de admiradores de Che chegou a criticar a casa de leilões por "cumplicidade com o assassinato do glorioso revolucionário".

"Missão cumprida"

O ex-agente da CIA que era proprietário do lote disse que cortou a mecha de cabelo, coletou impressões digitais e fotografou o cadáver de Che para provar que sua missão havia sido cumprida.

Villoldo disse à BBC que decidiu vender a coleção porque, para seus filhos, que são americanos, ela não tinha significado. "O valor histórico que poderia ter é para mim e para Cuba", afirmou.

O ex-agente da CIA disse que não ficou decepcionado pelo fato de o leilão ter apenas um interessado. "Pelo contário", afirmou, dizendo-se supreso pelo fato de alguém estar disposto a pagar "pelo que representa Guevara", a quem considera um assassino.

Ele afirmou também esperar que o comprador ajude a preservar os objetos. Villoldo disse à BBC que preferiu vender a coleção em vez de doá-la a um museu.

"Nos museus com os quais fiz contato, não achei atraente o tratamento que pretendiam dar à coleção", afirmou o ex-agente da CIA.

 
 
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