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PC chinês recebe carta de protesto assinada por 12 mil | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Os líderes do Partido Comunista Chinês receberam nesta semana uma carta aberta assinada por 12.150 cidadãos reivindicando reformas democráticas e maior respeito às liberdades individuais no país. O protesto incomum tem assinaturas vindas de 30 províncias diferentes e foi liderado por quatro ativistas das regiões de Heilongjiang, Hubei, Hebei e Henan, de acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong. O abaixo-assinado exige mais respeito à liberdade de expressão, de imprensa e de associação - direitos que estão previstos na Constituição, mas são restritos na prática cotidiana. Além disso, a carta também pede que as lideranças se esforcem para acelerar o processo de reforma política rumo à democracia, movimento que sofreu brusca parada em 1989, depois da série de manifestações que resultou no Massacre da Praça da Paz Celestial. A prática de protestar por meio de abaixo-assinados não é comum na China, pois o governo costuma monitorar e prender os organizadores de petições como forma de desestimular possíveis insurgências. "Eu acredito que o fato de trabalharmos unidos significa que temos poder. Eu espero que as forças das nossas vozes sejam ouvidas pelos líderes centrais", disse o agricultor e organizador do documento Liu Xueli ao jornal. Declínio moral Além de pedir por reformas e mais liberdade, a carta também chama atenção para uma série de problemas sociais corriqueiros da China, como disputas por terras rurais, desapropriação ilegal de propriedades, desemprego, poluição, exploração irracional dos recursos naturais e o "declínio moral" dos oficiais do partido. O documento acusa os membros regionais do PCC de "declínio moral" por abusar do poder e desrespeitar a constituição sem sofrer as conseqüências. "Nós descobrimos que nossas reclamações não são únicas, porque existe injustiça por todos os lados do nosso país", disse um dos organizadores, o agricultor Cheng Yingcai da província de Hebei. O abaixo-assinado chegou às mãos das autoridades às vésperas do congresso qüinqüenal do partido, que se inicia na próxima segunda-feira, dia 15. Durante o encontro, mais de dois mil delegados do Partido vão confirmar a liderança do presidente Hu Jintao e decidir a nova composição do comitê permanente do órgão político central, o Politburo, bem como aprovar diretrizes públicas para os próximos cinco anos. O congresso dura uma semana é o mais importante evento no calendário político da China. Analistas apontam a provável redução no número de cadeiras do Politburo de nove para sete como um dos temas que deverá dominar os corredores do poder no evento da próxima semana. |
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