BBCBrasil.com
70 anos 1938-2008
Español
Português para a África
Árabe
Chinês
Russo
Inglês
Outras línguas
 
Atualizado às: 10 de outubro, 2007 - 15h22 GMT (12h22 Brasília)
 
Envie por e-mail Versão para impressão
PC chinês recebe carta de protesto assinada por 12 mil
 

 
 
Policial em frente ao complexo onde ficarão os líderes do PC chinês em Pequim durante Congresso quinqüenal
Polícia foi mobilizada para evitar protestos durante reunião do PC
Os líderes do Partido Comunista Chinês receberam nesta semana uma carta aberta assinada por 12.150 cidadãos reivindicando reformas democráticas e maior respeito às liberdades individuais no país.

O protesto incomum tem assinaturas vindas de 30 províncias diferentes e foi liderado por quatro ativistas das regiões de Heilongjiang, Hubei, Hebei e Henan, de acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

O abaixo-assinado exige mais respeito à liberdade de expressão, de imprensa e de associação - direitos que estão previstos na Constituição, mas são restritos na prática cotidiana.

Além disso, a carta também pede que as lideranças se esforcem para acelerar o processo de reforma política rumo à democracia, movimento que sofreu brusca parada em 1989, depois da série de manifestações que resultou no Massacre da Praça da Paz Celestial.

A prática de protestar por meio de abaixo-assinados não é comum na China, pois o governo costuma monitorar e prender os organizadores de petições como forma de desestimular possíveis insurgências.

"Eu acredito que o fato de trabalharmos unidos significa que temos poder. Eu espero que as forças das nossas vozes sejam ouvidas pelos líderes centrais", disse o agricultor e organizador do documento Liu Xueli ao jornal.

Declínio moral

Além de pedir por reformas e mais liberdade, a carta também chama atenção para uma série de problemas sociais corriqueiros da China, como disputas por terras rurais, desapropriação ilegal de propriedades, desemprego, poluição, exploração irracional dos recursos naturais e o "declínio moral" dos oficiais do partido.

O documento acusa os membros regionais do PCC de "declínio moral" por abusar do poder e desrespeitar a constituição sem sofrer as conseqüências.

"Nós descobrimos que nossas reclamações não são únicas, porque existe injustiça por todos os lados do nosso país", disse um dos organizadores, o agricultor Cheng Yingcai da província de Hebei.

O abaixo-assinado chegou às mãos das autoridades às vésperas do congresso qüinqüenal do partido, que se inicia na próxima segunda-feira, dia 15.

Durante o encontro, mais de dois mil delegados do Partido vão confirmar a liderança do presidente Hu Jintao e decidir a nova composição do comitê permanente do órgão político central, o Politburo, bem como aprovar diretrizes públicas para os próximos cinco anos.

O congresso dura uma semana é o mais importante evento no calendário político da China.

Analistas apontam a provável redução no número de cadeiras do Politburo de nove para sete como um dos temas que deverá dominar os corredores do poder no evento da próxima semana.

 
 
Bandeira chinesa estilizadaCorrupção
Denúncias de suborno cresceram 8,2% na China.
 
 
Integrantes da organização Repórteres Sem Fronteiras protestam em PequimPequim 2008
Abusos ameaçam Olimpíada, diz Anistia Internacional.
 
 
Justiça
China lista 'novas interpretações de corrupção'.
 
 
NOTÍCIAS RELACIONADAS
LINKS EXTERNOS
A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo dos links externos indicados.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
 
 
Envie por e-mail Versão para impressão
 
Tempo | Sobre a BBC | Expediente | Newsletter
 
BBC Copyright Logo ^^ Início da página
 
  Primeira Página | Ciência & Saúde | Cultura & Entretenimento | Vídeo & Áudio | Fotos | Especial | Interatividade | Aprenda inglês
 
  BBC News >> | BBC Sport >> | BBC Weather >> | BBC World Service >> | BBC Languages >>
 
  Ajuda | Fale com a gente | Notícias em 32 línguas | Privacidade