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SP é 'dividida pelo dinheiro', diz jornal britânico | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
São Paulo é "uma cidade dividida pelo dinheiro" e de "contradições nuas", afirma reportagem do diário britânico The Independent nesta segunda-feira. A maior metrópole sul-americana – com 20 milhões de habitantes, segundo a ONU – foi a escolhida pelo jornal para ilustrar uma sombria visão de futuro, no ano em que a população mundial vivendo nas cidades ultrapassará, pela primeira vez, aquela que vive no campo. "O mundo está se tornando mais urbanizado – mas a maioria dos recém-chegados (às cidades) acaba nas favelas", diz a reportagem de página dupla "As duas faces de São Paulo". No centro da reportagem estão os moradores da favela Prestes Maia, que tentam obter títulos de propriedade para prédios que ocuparam há muitos anos, enfrentando a oposição da prefeitura da capital paulista, "com seus ricos aliados corporativos". A parte rica e distante da cidade é ilustrada pelas casas muradas do condomínio exclusivo de Alphaville e pela loja de produtos de luxo Daslu, que se contrapõem à mulher catadora de lixo e ao retirante pernambucano morador de Prestes Maia e auto-alfabetizado com uma bilblioteca de livros doados que ocupa um quarto de seu barraco. "(São Paulo) é uma cidade de contradições nuas, desigualdade intensa; uma cidade de muros", descreve a reportagem. "Mudar '500 anos de concentração de riqueza e poder' é o desafio dos políticos de hoje." Segundo o Independent, os países do chamado Terceiro Mundo têm hoje 22 cidades com mais de oito milhões de habitantes, o que as coloca dentro do critério de mega-cidades pelo conceito da ONU. Retórica do etanol Matéria do Wall Street Journal Europe avalia que a parceria firmada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega americano, George W. Bush, foi “divulgada com muita fanfarra, mas a realidade parece ficar aquém da retórica”. Os termos do entendimento, diz o jornal, "são moderados", e "parecem cortar a ambição" das palavras de Lula ao descrever o acordo como "um novo momento para a humanidade". "(O acordo) não dá detalhes sobre compromissos específicos, por exemplo, em relação a financiamento e pesquisa. Nem menciona a construção conjunta de fábricas-piloto de biocombustíveis, uma idéia que circulou entre autoridades brasileiras e suscitou oposição de membros poderosos do Congresso americano", ilustra a edição européia do WSJ. Para o jornal, "os obstáculos práticos" também dizem respeito à pressão ambiental por mais áreas de cultivo de cana-de-açúcar, e às barreiras protecionistas que inviabilizariam a criação de um mercado de biocombustíveis unindo a América Latina e os Estados Unidos. Em matéria separada, o jornal diz que a existência de barreiras comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil poderia beneficiar o Caribe, onde empresários americanos planejam instalar usinas de cana-de-açúcar para refinar a cana brasileira e importar com preferências o produto final para os Estados Unidos. Mas mesmo estas iniciativas, diz o jornal, estão sendo alvo de ofensivas de lobistas que tentam, no Congresso americano, eliminar os incentivos que facilitam a exportação. Imigração Uma lei americana destinada a impedir que imigrantes estrangeiros recebam assistência médica está dificultando o acesso de cidadãos dos Estados Unidos ao serviço público, reporta o New York Times. A lei, segundo o jornal, torna necessário que pacientes comprovem sua cidadania americana antes de receberem o tratamento. Alguns dos documentos são certidões originais ou cópias certificadas por agências do governo. Com dificuldade de obter ou recuperar estes documentos, muitos americanos estão simplesmente deixando de procurar assistência. No estado de Iowa, a procura por serviços caiu cerca de 5% no segundo semestre, pela primeira vez depois de cinco anos de aumentos consecutivos. A mesma queda foi proporcionalmente registrada no Estado da Flórida. Uma autoridade de saúde ouvida pela reportagem disse que não havia registrado muitos casos de imigrantes não-documentados tentando utilizar o sistema. |
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