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Parceria de etanol não prevê exportação para os EUA | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A parceria entre Brasil e Estados Unidos para produzir etanol em um país caribenho ou da América Central não prevê exportações do combustível para os Estados Unidos. A informação foi dada por Gregory Manuel, coordenador do setor de Energia do Departamento de Estado americano, em entrevista à BBC Brasil. De acordo com Manuel, o projeto piloto dos dois países em uma nação centro-americana visa somente ''a produção doméstica e o consumo doméstico''. ''A capacidade de produção que buscamos está voltada para o mercado interno desses países e não em exportações para os Estados Unidos'', afirmou Manuel. Carência de energia O representante do Departamento de Estado comenta que muitos países da região que abrigará a parceria sofrem de uma intensa carência de fontes de energia e se beneficiarão dos estudos de viabilidade e assistência técnica que brasileiros e americanos farão na região. ''Alguns deles estão gastando cerca de 50% de seu PIB ao importar petróleo. Assim como o Brasil dedica a maior parte de suas exportações ao mercado interno, esses países poderiam ir na mesma direção, usando o etanol como um substituto para as importações que fazem atualmente.'' A parceria não se limita à produção conjunta de etanol, mas também de biodiesel. Os estudos realizados por brasileiros e americanos visam determinar qual o biocombustível mais apropriado à realidade de cada nação. Atualmente, os Estados Unidos cobram uma sobretaxa de US$ 0,54 por galão (o equivalente a 3,785 litros) sobre o etanol que importam do Brasil. Mas nações caribenhas e centro-americanas que integram a chamada Iniciativa da Bacia do Caribe (CBI, na sigla em inglês) são autorizadas a exportar sem tarifas o equivalente a 7% do volume de etanol produzido pelos Estados Unidos. Dependência Políticos americanos expressaram nesta semana preocupação de que o Brasil poderia aproveitar o fato de produzir o biocombustível em uma nação do Caribe para burlar as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao etanol importado. O senador Charles Grassley, do Estado do Iowa, o principal produtor americano de etanol, criticou a parceria entre os dois países, em entrevista à BBC Brasil. Ele afirmou que que se os Estados Unidos estão buscando a independência do petróleo internacional, não faz sentido que se tornem dependentes do etanol internacional. Grassley também se mostrou descontente com o risco de o ônus da parceria cair sobre os ombros do contribuinte americano. Gregory Manuel minimizou essa hipótese. Manuel frisou que a cooperação prevê investimentos da iniciativa privada americana e brasileira e que a parceria contará com financiamento por parte de diferentes órgãos, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Fundação das Nações Unidas e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que deve investir cerca de US$ 7 milhões na área de pesquisas ligadas ao projeto. Os países que poderão ser contemplados com a parceria americano-brasileira são Peru, Colômbia, El Salvador, Honduras, Guatemala, São Cristóvão e Névis, República Dominicana e Haiti. |
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