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Esquerdista mantém vantagem folgada no Equador | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O candidato esquerdista à Presidência do Equador, Rafael Correa, mantém uma vantagem folgada sobre o seu oponente, Álvaro Noboa, segundo os números da apuração divulgados no país. Com quase metade dos votos da eleição deste domingo já contados, Correa tem 68% dos votos, enquanto que o empresário Álvaro Noboa tem 31% das preferências. O ex-ministro da Economia já se declarou vencedor, mas Noboa ainda não admitiu a derrota e disse que pode pedir a recontagem dos votos. O correpondente da BBC na capital do Equador, Quito, disse que Correa recebeu um aval maior do que o esperado do povo equatoriano para implementar as "mudanças radicais" que prometeu durante a campanha. Propostas Correa se opõe a um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos, e afirmou que fecharia uma base militar americana em território equatoriano. Ele também quer renegociar a dívida externa equatoriana e contratos petroleiros com empresas estrangeiras. Correa propôs ainda reintegrar o país à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que o Equador deixou em 1992. Em campanha, o candidato defendeu também a instalação de uma Assembléia Constituinte para reescrever a Constituição do país. Desconfiança Mas um dos principais desafios de Rafael Correa tem sido convencer a classe empresarial de que não se submete aos desígnios do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de quem se diz "amigo". Depois do primeiro turno, quando perdeu para Noboa, Correa baixou o tom da comparação com Chávez, para evitar ser "contaminado" pela rejeição ao líder venezuelano.
Em editoriais, a imprensa equatoriana deu a vitória de Correa como fato consumado. O diário Hoy pediu "um ambiente de unidade e concertação, que permita concretizar as reformas necessárias para superar a instabilidade política da última década". O jornal El Comercio disse que o triunfo foi "legítimo e respeitável", e aconselhou o presidente a "não se desgastar em confrontos radicais no início da gestão". Já o La Hora disse que o eleitorado votou "por uma mudança profunda do Estado, através de uma Assembléia Constituinte". Os equatorianos têm visto muita instabilidade política nos últimos anos, tendo sete presidentes em dez anos. Desde 1997, três deles foram depostos. |
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