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'Satisfação e complacência' levam Lula a 2º mandato, diz 'Economist' | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Em artigo publicado nesta quinta-feira, a revista britânica The Economist afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá derrotar Geraldo Alckmin e Heloísa Helena e tem boas chances de vencer sem necessidade de segundo turno. Segundo o artigo, intitulado Satisfação e Complacência, ao contrário do pleito anterior, quando a vitória de Lula provocou apreensão no Brasil e no resto do mundo, nas eleições de 1º de outubro a escolha dos eleitores é menos difícil. Os eleitores devem escolher "entre reeleger Lula, agora já conhecido, ou optar por Geraldo Alckmin, um afável ex-governador de São Paulo", diz a revista. "O único convite para uma mudança radical vem de Heloísa Helena, uma senadora expulsa do PT de Lula por se opor à Reforma da Previdência. Ela quer cortar as taxas de juros pela metade no primeiro mês de governo", diz o texto. A revista afirma que, apesar da segurança proporcionada pela continuidade, o Brasil tem muito a melhorar, "em economia, crime, corrupção e educação, para começar". Bem-estar e apatia Conforme a The Economist, "Lula está surfando para a vitória em uma onda de bem-estar misturado com apatia". A revista afirma que o crescimento econômico tem sido estável, e não espetacular. A reportagem cita os 4,5 milhões de empregos com carteira assinada criados durante o governo, "muito menos do que o prometido por Lula, mas muito mais do que nos quatro anos anteriores". Cita ainda os programas sociais do governo e as pesquisas nas quais "quase metade dos brasileiros consideram o desempenho de Lula 'bom' ou 'muito bom'". A apatia, diz a reportagem, é provocada por problemas que Lula falhou em resolver ou, em alguns casos, tornou piores. Alckmin "A taxa de juros permanece alta, e a carga tributária subiu para 37% do PIB. A corrupção nunca esteve tão alastrada", afirma o texto, citando os recentes escândalos no Congresso. "O brasileiro comum ou ignora esses problemas ou não acredita que políticos possam solucioná-los", diz a revista. A reportagem afirma ainda que, apesar de ter sido um governador popular, Alckmin é pouco conhecido fora de São Paulo e vem sendo prejudicado pela onda de violência provocada por uma facção criminosa daquele Estado. Conforme a revista, apesar de os dois candidatos terem tempo semelhante na propaganda eleitoral, Lula leva vantagem, "preenchendo a tela com imagens de brasileiros agradecidos". "A campanha de Alckmin parece desmoralizada. Mesmo os candidatos estaduais de seu próprio partido o ignoram", diz o texto. "Até agora, Alckmin não ofereceu a um eleitorado complacente razões suficientes para trocarem de presidente", afirma. Programa de governo Segundo a revista, mais do que saber quem vai ganhar as eleições, a grande questão é se um segundo mandato de Lula seria mais produtivo que o primeiro. "Seu programa de governo, publicado em 29 de agosto, é pouco encorajador. Fala de taxas de juros menores, mais investimentos e melhor educação, mas diz pouco sobre como atingir essas metas", afirma a The Economist. A revista afirma ainda que o PT pode perder assentos no Congresso devido ao seu envolvimento em casos de corrupção, mas que Lula provavelmente conseguirá montar uma maioria se aliando a outros partidos. "É preciso uma liderança forte para conter o apetite por dinheiro público no Brasil. A não ser que a economia mundial se torne menos amigável, um segundo mandato deve ser muito parecido com o primeiro", afirma. |
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