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Boca de urna indica vitória de Alan García no Peru | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O ex-presidente Alan García teria vencido o segundo turno das eleições presidenciais no Peru, de acordo com duas pesquisas de boca de urna, divulgadas segundos depois do fechamento das urnas – às 16h horário peruano, 18h em Brasília. De acordo com os números do instituto Apoyo, um dos mais respeitados do país, García (presidente entre 1985 e 1990) teria recebido 52,8% dos votos e Ollanta Humala 47,2%. Segundo o instituto Datum, também de Lima, García, do partido Apra, teria conquistado 54,9% dos votos enquanto Humala, do UPP, 45,1%. Os resultados extra-oficiais levaram os seguidores do “aprismo” de Alan García a correrem para a Casa del Pueblo, sede do Apra, na capital peruana. “Alan, presidente. Alan, presidente”, gritavam. De volta ao comando Se as estimativas das pesquisas de boca de urna forem confirmadas, García retornará à presidência. Apesar dos mais de setenta anos de história do Apra, partido mais antigo do país, ele foi o único presidente da legenda. Humala, por sua vez, se lançou pela primeira vez na vida política e já avisou que se não chegar ao palácio presidencial de Miraflores também terá “vencido”. “Não podemos menosprezar o que conquistamos em tão pouco tempo e em todo o país”, disse ele. Menos pior A candidatura de Humala teve menos de um ano e ele foi o mais votado no primeiro turno das eleições, no dia nove de abril. García e Humala não conseguiram reunir 50% dos votos na primeira etapa das eleições e por isso se afirmou, várias vezes, durante a campanha eleitoral que esse era o pleito do “menos pior”. A afirmação poode ser detectado nas ruas de Lima, neste domingo de eleição, engarrafamentos, frio e neblina. Para o professor da universidade de Lima, Luis Benavente e o analista Marcos Saavedra, do instituto CPI, esta foi uma eleição de “expectativas”. Opiniões Na universidade nacional de engenharia, a vinte minutos do centro de Lima, onde se encontra o maior local de votação do país, as opiniões eram diversas. “Voto por la olla”, disse Jacqueline Rodriguez, de 26 anos, referindo-se a seu voto em Ollanta Humala - “olla” (panela) foi o símbolo da campanha do ex-militar que insistiu na meta de “corrigir’ a injustiça social no Peru. “Humala? Nem pensar. Não sei do que ele pode ser capaz. Votei em García”, afirmou Roberto Carlos, jogador de futebol do time da universidade São Marcos. O taxista David Espinosa, de 56 anos, foi mais cauteloso: “Já vivi os tempos de Alan García. Filas, falta de alimentos, guerilheiros e búfalos (como os capangas do ex-presidente ficaram conhecidos)”, disse. Os candidatos decidiram só falar à nação depois do resultado do levantamento que também vem sendo realizado pela ONG Transparência Internacional. A Justiça Eleitoral informou que o resultado oficial só deverá ser concluído no fim da semana. Vale lembrar que a apuração do primeiro turno demorou várias semanas, gerando especulações e indefinições sobre os vencedores. | NOTÍCIAS RELACIONADAS Perfil: Alan García01 junho, 2006 | BBC Report Partido de Humala será o maior do Congresso.03 de junho, 2006 | Notícias Peruanos vão às urnas escolher novo presidente04 junho, 2006 | BBC Report Justiça Eleitoral no Peru avalia se García desrespeitou lei04 junho, 2006 | BBC Report Perfil: Ollanta Humala01 junho, 2006 | BBC Report | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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