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Lula admite concessões comerciais na OMC | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o Brasil pode fazer concessões nas negociações sobre a liberalização do comércio mundial após encontro com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair. "Se eu disser o que nós pretendemos fazer, as pessoas vão dizer que o Brasil já tem uma posição tomada", disse o presidente em entrevista à imprensa brasileira, em uma sala de Downing Street, residência oficial de Blair e sede do governo britânico. Ele acrescentou que, quando e como as concessões seriam feitas, é um "segredo de Estado" que não revelaria porque isso prejudicaria as negociações com outros países. O presidente comparou o que chamou de "jogo" das discussões comerciais com a negociação de salários. O Brasil e outros países do G20 reivindicam mais acesso para seus produtos agrícolas aos mercados consumidores da União Européia e dos Estados Unidos. Reunião de cúpula Na entrevista coletiva que deu com Lula depois de os dois ficarem reunidos por cerca de uma hora, Blair disse que a agricultura não era o único tema emprerrando as negociações e que não só os vários países, não só os europeus, precisavam fazer concessões. Ele citou o setor de bens e serviços, mas não disse a que países estaria se referindo. Lula obteve de Blair o apoio oficial à sua proposta de realizar uma reunião entre líderes mundiais para tentar dar novo impulso às negociações na OMC. "Nós estamos preparados para fazer um encontro de líderes-chave e nós vamos discutir com nossos colegas como e quando isso pode ser possível", disse Blair. O premiê britânico não disse, no entanto, quando o encontro seria realizado. No começo de fevereiro, Lula tinha telefonado para Blair, para reiterar a sua proposta de realizar uma reunião de cúpula sobre as negociações na OMC. Ministros de 149 países reunidos em dezembro em Hong Kong não conseguiram chegar a um acordo sobre como abrir os mercados, mas prometeram fazer isso até abril. As negociações, que começaram em 2001, visam definir a abertura dos mercados agrícolas nos países ricos e dos mercados de produtos industriais e de serviços em alguns países em desenvolvimento. Blair sugeriu que é preciso acelerar as negociações por causa do fim da vigência, em julho de 2007, do fast track, o mecanismo do governo americano que acelera a aprovação no Congresso de acordos comerciais negociados pelo presidente dos Estados Unidos. "Será mais difícil chegar a um acordo depois disso", disse o primeiro-ministro nesta quinta-feira. Lula e Blair se encontraram na véspera de uma reunião de dois dias em Londres dos principais negociadores da área de comércio de Brasil, Austrália, Índia, Japão e Estados Unidos, além da União Européia. |
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