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Americanos aderem a Kyoto apesar da oposição de Bush | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Apesar da oposição do governo Bush ao Protocolo de Kyoto, 28 dos 50 Estados americanos e dezenas de empresas multinacionais sediadas nos Estados Unidos já estão adotando voluntariamente medidas de redução de gases poluentes com o objetivo de combater o aquecimento global. Boa parte dos Estados que lideram a causa ambiental é governada por republicanos moderados, como George Pataki, em Nova York, e Arnold Schwazenegger, na Califórnia. A Califórnia tem a política mais agressiva do país para cortar a emissão gases poluentes, especialmente dos produzidos por sua frota de 23 milhões de veículos. Através de uma regra aprovada pela Comissão de Recursos Atmosféricos da Califórnia em 2004, os fabricantes de veículos terão de produzir automóveis que reduzam suas emissões em 30% até 2016. Iniciativas "O Estado da Califórnia foi o primeiro em toda a nação a reconhecer os gases do efeito estufa (emitidos por) automóveis", disse Jennet Paauwe, porta-voz da Comissão de Recursos Atmosféricos da Califórnia. A frota californiana é responsável por 11% de todo o CO2 emitido por veículos nos EUA. Mas o Estado não está sozinho. Em Nova York, um programa do governo Pataki está investindo US$ 28 milhões para subsidiar a compra de 563 ônibus elétricos ou movidos a gás natural para escolas públicas e universidades. Ao longo de sua vida útil, os ônibus evitarão o consumo de mais de 240 milhões de litros de óleo diesel, impedindo a emissão de mais de 3.250 toneladas de óxido de nitrogênio, entre outros gases poluentes. Geração de energia Além disso, junto com outros oito Estados da costa leste americana, Nova York integra um programa que visa reduzir a emissão de gases em usinas geradoras de energia. O Estado de Nova York mantém também parcerias com a iniciativa privada para a geração de energia solar e eólica. "Na ausência de uma política nacional forte, muitos Estados estão desenvolvendo suas políticas próprias de redução de emissões", disse Elliot Diringer, diretor de estratégias internacionais do Centro Pew de Mudança Climática Global, uma instituição apartidária e sem fins lucrativos que é o maior centro de referência sobre políticas ambientais nos EUA. "Creio que os esforços estaduais continuarão crescendo, mas que a redução necessária das emissões americanas só será alcançada com a adoção de um programa nacional dirigido pelo governo federal." Setor privado De acordo com o Centro Pew, cerca de 45 empresas multinacionais, a maioria sediada nos Estados Unidos, tem adotado políticas ambientais que visam a eficiência energética e a conseqüente redução na emissão de poluentes. Empresas como a mineradora Alcoa, a montadora Ford e a química Dupont têm desenvolvido tecnologias e adotado medidas nessa direção. Um dos casos mais notáveis de sucesso é o da Dupont, que em meados dos anos 90 se propôs a reduzir globalmente suas emissões de gases que provocam o efeito estufa em 65%. Em 2002, a empresa já havia ultrapassado sua meta, atingindo uma redução de 67% dos gases, por meio de medidas como o reaproveitamento do calor gerado em suas fábricas. "Economizando energia, conseguimos poupar mais de US$ 2 bilhões", disse Ed Mongan, diretor do setor de energia da Dupont. "Desse montante, US$ 1,5 bilhão vieram de fábricas situadas nos Estados Unidos." A nova meta da Dupont é manter seu consumo de energia estável até 2010, mesmo projetando um aumento no seu volume produzido. Contando com 5% da população mundial, os EUA são responsáveis por cerca de 25% de toda a emissão de gases ligados ao efeito estufa globalmente. |
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