01 de fevereiro, 2007 - 22h44 GMT (20h44 Brasília)
O indicado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para o cargo de chefe das Forças Armadas, general George Casey, disse nesta quinta-feira que a política americana para o Iraque não falhou.
Casey, que ocupou nos últimos dois anos o posto mais alto do Exército americano no Iraque, foi sabatinado pela Comissão de Serviços Armados do Senado americano.
Ele negou as acusações do senador republicano John McCain de que teria pintado um quadro “colorido” dos eventos no Iraque.
“Não concordo que temos uma política fracassada”, disse Casey.
No mês passado, Bush anunciou que pretende enviar mais 21,5 mil soldados para o Iraque.
Casey afirmou que a segurança na capital Bagdá pode ser melhorada sem grande aumento no número de tropas.
“Acredito que o trabalho em Bagdá, como foi planejado agora, pode ser feito com menos (tropas) do que isso”, disse Casey a senadores.
“Mas ter outras três brigadas no ciclo de envio dá grande flexibilidade ao general Petraeus (que substituirá Casey)”, disse.
Indignação
O correspondente da BBC em Washington, James Coomarasamy, disse que o ambiente da sabatina no Senado foi hostil.
Segundo ele, Casey sentiu a indignação dos senadores que se sentem enganados pelas lideranças militares.
Há chances de Casey não ser confirmado na posição de chefe das Forças Armadas caso o Congresso queira colocar em evidência fracassos recentes dos Estados Unidos no Iraque, afirma o correspondente.
Na quarta-feira, o indicado de Bush para liderar os militares americanos no Oriente Médio, almirante William Fallon, pediu uma abordagem “nova e diferente” no Iraque na mesma comissão.
Ele disse que a estratégia americana no Iraque “não estava funcionando” e que os objetivos militares devem ser mais modestos.