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Atualizado às: 13 de fevereiro, 2007 - 02h49 GMT (00h49 Brasília)
 
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Bush rejeita rumores de ataque dos EUA ao Irã
 
George W. Bush
Bush diz que deve usar os canais diplomáticos no caso do Irã
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, rejeitou rumores de um possível ataque americano ao Irã, dizendo se tratar de "ruído" de seus críticos.

"Acredito que minha resposta a todo este ruído de que 'ele quer ir à guerra' é: Não entendo desta tática, que diria que é política", disse Bush ao canal de televisão CSPAN.

Segundo Bush, a força militar é o último recurso para se resolver um problema, acrescentando que acredita que ainda é possível resolver a disputa com o Irã sobre seu programa nuclear por canais diplomáticos.

"Não há dúvida de que o desejo iraniano de ter uma arma nuclear representa um perigo e é por isso que a nossa política tem o objetivo de convencer o resto do mundo sobre o perigo intrínseco de este regime ter uma arma nuclear", afirmou Bush.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse mais cedo nesta segunda-feira que não teme um ataque dos Estados Unidos ao seu país.

"Medo? Por que nós deveríamos ter medo? Primeiro, a possibilidade é muito pequena", afirmou Ahmadinejad, em entrevista à rede de televisão americana ABC.

"Punição"

O presidente iraniano disse que um eventual ataque seria "severamente punido", mas ressalvou que considera difícil que isso aconteça porque "pessoas sábias" nos Estados Unidos impediriam o governo de adotar "ações ilegais".

Ahmadinejad fez as declarações em Teerã, em uma rara entrevista a uma emissora de televisão americana, um dia depois de Washington acusar agentes iranianos de contrabandear armas para grupos insurgentes xiitas no Iraque.

Questionado diversas vezes sobre as acusações, o líder iraniano disse apenas que elas são "desculpas para prolongar a permanência" das forças americanas no Iraque e que têm de ser provadas na Justiça.

Já o porta-voz do Ministério do Exterior do Irã, Mohammad Ali Hosseini, rejeitou veementemente as acusações e alegou que elas não têm fundamento e que só são feitas com o objetivo de "criar propaganda."

Iraque

Ahmadinejad também atacou a presença de forças estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos no Iraque e disse que a instabilidade no país é prejudicial à toda a região.

"Não deveria haver estrangeiros no Iraque", disse o presidente iraniano. "Nós nos afastamos de qualquer tipo de conflito, qualquer tipo de derramamento de sangue. É por isso que nós nos opomos à presença dos americanos", acrescentou.

Para o presidente do Irã, os Estados Unidos estão lançando acusações contra terceiros para tentar "esconder suas próprias derrotas e falhas".

O governo do presidente George W. Bush nega ter planos de invadir o Irã, mas já indicou que está disposto a usar a força militar para conter a suposta inteferência iraniana no conflito no Iraque.

As alegações dos americanos de que bombas foram contrabandeadas do Irã para o Iraque, corroboradas com fotografias dos explosivos apresentadas a jornalistas, não puderam ser verificadas de forma independente.

Democratas

As acusações contra o Irã também provocaram uma nova polêmica dentro dos Estados Unidos entre os críticos à política de Bush para o Iraque, especialmente de políticos do Partido Democrata, de oposição.

O senador democrata Chris Dodd disse que o governo Bush tentou falsificar provas antes, em uma referência à tentativa de estabelecer uma ligação supostamente inexistente entre o ex-presidente Saddam Hussein e a Al-Qaeda.

"Estou analisando esse relatório com um grau de ceticismo", disse Dodd. "Não duvido que o Irã esteja envolvido até certo ponto e certamente este é um problema que precisa ser tratado, mas estou cada vez mais preocupado com o fato de eles estarem tentando criar uma premissa para, no futuro, ampliar a ação militar no Irã."

"Acredito que, a esta altura, isto seria um grande erro", acrescentou o senador.

Outro influente democrata, o senador John Kerry, disse que as pessoas deveriam "ouvir aqueles no Congresso que afirmaram que devemos nos engajar na região".

 
 
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