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Atualizado às: 02 de novembro, 2006 - 01h52 GMT (22h52 Brasília)
 
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Panamá é candidato de consenso ao Conselho da ONU
 
O embaixador do Equador na ONU, Diego Cordovez (C), entre os ministros do Exterior da Guatemala (E) e da Venezuela
Embaixador do Equador na ONU (C) fez anúncio depois de reuniões com ministros do Exteior da Guatemala (E) e da Venezuela
Depois de mais de duas semanas de disputa, a Venezuela e a Guatemala aceitaram nesta quarta-feira retirar suas candidaturas a uma vaga rotativa no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Com a decisão, o Panamá será o candidato de consenso para a vaga da América Latina.

O acordo foi anunciado pelo embaixador do Equador na ONU, Diego Cordovez, depois de reuniões com os ministros do Exterior da Venezuela e da Guatemala.

Segundo Cordovez, ambos os países aceitaram apoiar o Panamá para a vaga, uma das duas reservadas à América Latina, que atualmente é ocupada pela Argentina. O outro assento não-permanente do continente é ocupado pelo Peru.

"Chegamos a um acordo para propor a República do Panamá como fórmula de consenso ante o Grupo de Países Latino-americanos e Caribe (Grulac)", afirmou o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, à TV estatal venezuelana.

Ao ser questionado sobre o motivo da escolha do Panamá, o chanceler da Guatemala, Gert Rosenthal, disse: "É um país que une a América do Sul e a América Central".

"Estamos preocupados com a idéia de uma divisão entre o norte e o sul da América Latina. Queremos deixar essa idéia de lado apresentando um candidato que é bem recebido por ambos os extremos do continente", afirmou Rosenthal.

Segundo o correspondente da BBC Greg Morsbach, em Caracas, esse acordo representa um golpe político e pessoal para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O líder venezuelano passou os últimos oito meses viajando pelo mundo para ganhar o apoio necessário para a candidatura de seu país ao Conselho de Segurança.

A decisão de Chávez de retirar a candidatura, afirma Morsbach, representa uma mudança de posição. Duas semanas atrás, o presidente havia prometido que a Venezuela jamais iria se render ou negociar essa questão.

Longa disputa

Com a retirada das candidaturas da Venezuela e da Guatemala e com o apoio do Grulac, a expectativa é de que a votação do Panamá na Assembléia Geral da ONU seja uma mera formalidade.

Desde o início da disputa, em 16 de outubro, foram realizadas 47 rodadas de votações na Assembléia Geral (composta por 192 membros).

Em quase todas as rodadas, a Guatemala obteve mais votos que a Venezuela. Mesmo assim, nenhum dos dois países conseguiu os dois terços dos votos necessários para ocupar a vaga de membro não-permanente.

A votação ganhou contornos políticos. Os Estados Unidos apoiavam a Guatemala, e a Venezuela prometia que, caso fosse eleita, faria forte oposição a Washington.

Pelas regras da ONU, a votação poderia se estender indefinidamente até que se chegasse a um acordo.

Em 1979, uma disputa entre Cuba e a Colômbia levou três meses para ser decidida, até que o México surgisse como candidato de consenso.

O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha e França) e dez rotativos (com mandatos de dois anos), que se distribuem entre os blocos regionais – África, América Latina, Ásia e Europa.

 
 
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