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18 de outubro, 2006 - 12h52 GMT (09h52 Brasília)

Baixas dos EUA no Iraque em outubro chegam a quase 70

O número de soldados dos Estados Unidos que morreram no Iraque já chega a quase setenta neste mês.

O correspondente da BBC em Bagdá Andrew North disse que, com a média de três americanos morrendo a cada dia, o mês de outubro já tem uma dos maiores taxas de mortalidade de soldados americanos no país desde janeiro de 2005. Nesse mês, de acordo com a agência de notícias Associated Press, 107 soldados morreram.

Nesta quarta-feira, os Estados Unidos confirmaram que mais dez soldados do país morreram no país nesta terça-feira.

Quatro militares morreram quando uma bomba explodiu na beira de uma estrada no momento em que o veículo em que viajavam trafegava nas proximidades da capital iraquiana Bagdá.

Três soldados foram mortos na província de Diyala, localizada ao norte de Bagdá, e outros três foram mortos em ataques separados.

Comandantes dizem que os soldados americanos estão mais expostos a ataques neste momento por causa da intensificação das operações para conter a violência sectária em Bagdá e outras províncias.

Estratégia

O aumento agudo do número de mortes reforça em Washington e no Iraque a possibilidade de adoção de uma nova estratégia para combater a falta de segurança no país.

Na terça-feira, pelo menos dois comandantes especiais da polícia iraquiana foram deslocados de suas unidades em meio a alegações de que esquadrões da morte xiitas seriam responsáveis pelo assassinato sitemático de muçulmanos sunitas.

Autoridades do Ministério do Interior minimizaram as razões das transferências em público, mas o discurso privado era outro: elas seriam resultado de pressões americanas e sunitas.

Existem inúmeras alegações de que policiais iraquianos estão envolvidos nos assassinatos sectários realizados pelos esquadrões e milícias ilegais.

O mês mais violento para os soldados americanos no Iraque foi novembro de 2004, quando 137 morreram.

A contagem da Associated Press contabiliza 2.785 soldados mortos desde março de 2003, quando a ofensiva militares pelos Estados Unidos começou.