26 de abril, 2006 - 21h04 GMT (18h04 Brasília)
O Senado americano aprovou nesta quarta-feira um gasto extra de quase US$ 2 bilhões para reforçar a segurança na fronteira dos Estados Unidos com o México.
O dinheiro deve ser utilizado para a aquisição de mais veículos de vigilância e para fortalecer as barreiras da fronteira em pontos onde o trânsito é maior como em San Diego.
O líder republicano no Senado, Bill Frist, disse que a votação foi "um importante primeiro passo" para a reforma das leis de imigração, um assunto que tem causado divisão política e protestos de grupos latinos em todo o país.
As medidas aprovadas pelo Senado, no entanto, são parte de um plano mais amplo de gastos que também envolve recursos para a área militar e ainda depende de uma aprovação final do Congresso.
Reforma
O polêmico debate sobre a reforma das leis de imigração nos Estados Unidos gira em torno de uma série de propostas, mas nenhuma delas tem garantia de aprovação pela maioria dos senadores.
O presidente americano, George W. Bush, apóia um projeto de criação de um esquema para trabalhadores temporários, mas vários deputados do próprio Partido Republicano de Bush se opõem à proposta.
O Senado americano também discute um duro projeto-de-lei aprovado pela Câmara dos Representantes em dezembro.
O projeto propõe, entre outras medidas, a criação de uma barreira na fronteira com o México e defende que aqueles que oferecem emprego e auxílio a imigrantes ilegais, inclusive água e comida, respondam criminalmente.
A imigração deve se tornar um dos principais temas dominantes das eleições que ocorrem no meio do mandato presidencial e que definirão integrantes do Congresso, parte do Senado e governadores de 36 dos 50 Estados americanos.
A população de origem latino-americana é o grupo eleitoral e a facção étnica que mais tem crescido nos Estados Unidos. Estima-se que atualmente existem cerca de 11,5 milhões de imigrantes ilegais no país.