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Xiitas e sunitas se reúnem para reduzir violência | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Líderes políticos e religiosos do Iraque se reuniram neste sábado para tratar da onda de violência iniciada com um ataque a um local sagrado xiita na cidade de Samarra, na quarta-feira. Pelo menos 36 pessoas morreram neste sábado em ataques apesar de um toque de recolher que visava conter a violência sectária verificada nos últimos dias. Um comunicado conjunto divulgado após o encontro – que reuniu representantes de uma das principais milícias xiitas, liderada por Muqtada al-Sadr, e uma importante congregação sunita – condenou a destruição de locais sagrados e disse que as partes se comprometiam a defendê-los. A TV iraquianas também exibiu imagens do presidente e do primeiro-ministro encontrando emissários dos principais partidos xiitas, sunitas e curtos numa tentativa de estabelecer um governo de união nacional. Toque de recolher Bagdá e três províncias vizinhas haviam sido colocadas no sábado sob toque de recolher pelo segundo dia consecutivo, após mais de 150 pessoas – em sua maioria sunitas – terem sido mortas em confrontos desde o atentado de quarta-feira. Foram encontrados os corpos de 14 integrantes das forças de segurança iraquianas após uma batalha contra milicianos xiitas ao sul de Bagdá. Líderes religiosos sunitas dizem que mais de 180 mesquitas sunitas em todo o país foram alvos de ataques em represália ao atentado contra o santuário Al-Askari, em Samarra. Em Baquba, ao norte de Bagdá, ao menos uma dezena de membros de uma mesma família xiita foram assassinados. Em Bagdá, um tiroteio durante o funeral de uma jornalista da rede de TV Al-Arabiya, morta com dois assistentes na quinta-feira em Samarra, deixou pelo menos dois mortos e vários feridos. Durante a madrugada, homens armados atacaram mais duas mesquitas sunitas em Bagdá, mas foram contidos por policiais e moradores locais. Além disso, ao menos oito pessoas morreram após a explosão de um carro-bomba na cidade de Karbala, ao sul do país, que não está sob toque de recolher. Temor de guerra civil Sob o temor de que a violência se transformasse em uma guerra civil, o governo iraquiano determinou o toque de recolher e prometeu reconstruir o santuário de Al–Askari, considerado um dos mais sagrados do mundo pelos xiitas. O primeiro-ministro Ibrahim Jaafari também disse que o governo reconstruirá os lugares sagrados sunitas atacados em represália contra o ataque de quarta-feira. Jaafari prometeu medidas especiais de segurança para proteger locais de orações em todo o país. Para o premiê, os responsáveis pela recente onda de violência pretendem usar as tensões sectárias para provocar uma guerra civil no Iraque. |
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