07 de dezembro, 2005 - 14h40 GMT (12h40 Brasília)
O julgamento de Saddam Hussein entrou em seu terceiro dia nesta quarta-feira sem a presença do ex-presidente iraquiano.
Os trabalhos foram atrasados por causa da recusa do ex-ditador de comparecer ao tribunal.
Segundo declaração do juiz Rizgar Mohammed Amin à agência de notícias Associated Press, o réu será informado dos desdobramentos.
Saddam vem reclamando constantemente de que está sendo tratado injustamente.
Massacre
De acordo com a lei iraquiana, o julgamento pode prosseguir mesmo sem a presença do réu.
Ao final dos trabalhos de terça-feira, Saddam disse ao juiz que estava exausto e afirmou: "Eu não vou voltar a um tribunal injusto. Vá para o inferno!".
O juiz havia negado o pedido feito pela defesa na terça-feira para que o intervalo entre as sessões fosse maior.
O julgamento vem apresentando incidentes diários desde que começou na segunda-feira.
No primeiro dia, os advogados da defesa se retiraram após a recusa do juiz de ouvir suas considerações sobre a legalidade da corte e fornecer maior proteção ao time de defesa, mesmo depois que dois advogados foram mortos.
Saddam Hussein e sete antigos membros de seu regime são acusados da morte de 148 muçulmanos xiitas em Dujail em 1982, após um atentado contra o ex-presidente.
Os oito refutam as acusações. Se forem condenados, eles estarão sujeitos à pena de morte.