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Atualizado às: 16 de outubro, 2005 - 03h08 GMT (00h08 Brasília)
 
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EUA e ONU elogiam comparecimento ao referendo
 
Cerca de 15,5 milhões puderam votar nas eleições deste sábado
A apuração dos votos no referendo do Iraque já começou
Os Estados Unidos elogiaram os iraquianos pelo alto comparecimento às urnas no referendo sobre a nova Constituição do país, realizado no sábado.

Um funcionário do Departamento de Estado americano, que não foi identificado, disse à agência de notícias France Presse, que o povo do Iraque "demonstrou seu compromisso corajoso com um futuro democrático e livre e, mais uma vez, desafiou terroristas".

Estimativas preliminares afirmam que cerca de 10 milhões de pessoas - aproximadamente 65% dos eleitores - participaram do referendo.

Em muitas áreas, as condições foram descritas como calmas, o que contrasta com as eleições gerais de janeiro passado, marcadas por dezenas de ataques.

Autoridades eleitorais do Iraque afirmaram que os resultados preliminares serão anunciados dentro de três ou cinco dias, e os resultados finais devem ser divulgados dias depois.

Futuro

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, também elogiou os iraquianos.

"Pela segunda vez neste ano, o povo do Iraque enfrentou condições difíceis e a ameaça da violência para exercitar o direito de voto", disse Annan em uma declaração divulgada por seu gabinete.

Antes, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou que o voto "era um passo decisivo na marcha do Iraque em direção à democracia".

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse à BBC que os iraquianos estão "investindo seu futuro" no processo político.

Sunita

A participação sunita foi maior do que nas eleições parlamentares de janeiro, com muitos sunitas se opondo à Constituição.

"Vim aqui para participar e não cometer o mesmo erro que cometemos na última eleição", disse Yassin Humadi, de 57 anos, à agência de notícias Reuters, em uma zona eleitoral da cidade de Falluja.

"Não vamos permitir que outros controlem os sunitas de novo", acrescentou.

Estimativas oficiais sugerem que em sete das 18 províncias iraquianas mais de dois terços dos eleitores foram às urnas, incluindo três onde a maioria dos eleitores são sunitas.

Os sunitas são maioria em quatro províncias, e alguns dos líderes sunitas acreditam que eles conseguiram bloquear a constituição.

Um porta-voz da comissão eleitoral, Saadallah al-Rawi, afirmou que o comparecimento foi baixo em cinco cidades da província de Anbar, principalmente em Ramadi, onde ocorreram atos de violência.

O comparecimento no norte do país, área da etnia curda, foi mais baixo do que o esperado, entre 33% e 66%.

No sul, predominantemente sunita, várias pessoas disseram a jornalistas que votaram "sim" à Constituição para encerrar a ocupação americana.

Se o texto da Constituição for aprovado, ele vai dar a base para eleições parlamentares em dezembro.

No entanto, a Carta é vista por muitos como um instrumento para dividir o país e afastar os sunitas dos recursos provenientes do petróleo, extraído de áreas onde a maioria da população é curda ou xiita.

Para conseguir impedir a aprovação da nova Carta, os sunitas precisam que dois terços dos votos em pelo menos 3 das 18 províncias iraquianas sejam pelo "não".

Ataques

No pior incidente do dia, três soldados iraquianos foram mortos na explosão de uma bomba em uma cidade que fica a nordeste de Bagdá.

Na capital, um civil foi morto e outros ficaram feridos alvos de diferentes ataques.

O presidente Jalal Talabani e o primeiro-ministro Ibrahim al-Jafaari foram os primeiros a depositar seus votos.

Mais de 6 mil postos de votação funcionaram neste sábado em meio a um forte esquema de segurança.

Soldados e policiais iraquianos e tropas estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos foram mobilizados para evitar ataques rebeldes.

Medidas adicionais de segurança também foram adotadas, como o fechamento das fronteiras iraquianias e a proibição do tráfego de veículos particulares em diversas áreas.

 
 
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