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Quase 50% dos eleitores ignoram eleição afegã | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Pouco mais da metade dos eleitores registrados compareceu às urnas nas eleições parlamentares e regionais ocorridas neste domingo no Afeganistão. O comparecimento, menor do que o de 70% registrado nas eleições presidenciais de cerca de 12 meses atrás, poderia ser um sinal de fadiga eleitoral num país ainda iniciante nas práticas democráticas, segundo delegados eleitorais. Outro motivo da apatia do eleitorado seria a descrença no processo político. Muitos eleitores disseram que não queriam votar em comandantes paramilitares regionais. O governo e seus aliados internacionais, entretanto, consideraram as primeiras eleições locais do tipo em mais de 35 anos um bem-sucedido passo rumo ao estabelecimento de uma democracia plena no país e uma clara mensagem de repúdio à milícia Talebã. Mulas O grupo deposto pela coalizão liderada pelos Estados Unidos em 2001, e que desde então opera na clandestinidade, vinha aumentando a quantidade de seus ataques nos últimos seis meses. Um porta-voz do Talebã, Mufti Latif Hakimi, disse que o grupo realizou 47 ataques por todo o país neste domingo. Pelo menos 15 pessoas morreram em decorrência destes ataques. A segurança, reforçada por cerca de 70 mil policiais e soldados afegãos e estrangeiros, impediu a realização de maiores ataques. "Há quatro anos, o Talebã estava aqui e mulheres estavam sendo apedrejadas até a morte", disse o embaixador americano para o Afeganistão, Ronald Newmann. "Agora temos mulheres no comando de secções eleitorais e votando." Por todo o país, os votos estão sendo transportados em caminhões, helicópteros e mulas até as capitais regionais para serem contados. Os resultados das eleições não devem sair antes de meados de outubro. |
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