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21 de junho, 2005 - 20h10 GMT (17h10 Brasília)

Ex-líder da Ku Klux Klan é condenado nos EUA

Um júri americano condenou um ex-líder da organização Ku Klux Klan, Edgar Ray Killen, por ter planejado a morte de três ativistas de defesa de direitos civis de negros em 1964.

O júri no Mississipi rejeitou a acusação equivalente a homicídio doloso (com intenção de matar), mas decidiu que ele era culpado por ter contratado um grupo de pessoas que cometeu o crime.

Na época, as mortes chocaram os americanos e deram mais fôlego ao movimento pelos direitos civis dos negros.

A história serviu de base para o filme americano Mississipi em Chamas (1988), do diretor Alan Parker, estrelado por Gene Hackman e Willen Dafoe.

Negação

O réu negou qualquer participação nas mortes de Michael Schwerner, 24 anos, Andy Goodman, 20, e James Chaney, 21.

Ele não demonstrou emoção quando o veredicto foi pronunciado na Filadélfia.

Os promotores fizeram fortes apelos pela condenação, dizendo que as famílias das vítimas esperaram 41 anos por justiça.

Um dos ativistas era negro e os outros dois, brancos.

Eles foram seqüestrados quando saíam de carro da cidade de Mississipi. Os corpos foram enterrados clandestinamente.

Killen, agora com 80 anos, passou por outros julgamentos, mas nunca havia sido condenado. Novas provas fizeram o caso ser reaberto.