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Iraque volta a ser tema na campanha eleitoral britânica | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Há dez dias das eleições na Grã-Bretanha, a guerra no Iraque voltou a ser o centro das discussões entre os principais partidos que brigam pela vaga de primeiro-ministro. Hoje o Partido Liberal Democrata, que está em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, deve voltar a pedir um inquérito para investigar as informações que levaram o país a participar da guerra no Iraque. O líder do partido, Charles Kennedy, disse que o povo britânico poderia usar as eleições de 5 de maio como "um referendo" para julgar se foi correta a decisão de Tony Blair de utilizar a força para derrubar Saddam Hussein. Os liberais democratas foram os únicos que se opuseram à guerra no Iraque. Nesta segunda-feira, os jornais Daily Mail e Daily Mirror trazem anúncios do Partido Liberal Democrata em que os líderes da Grã-Bretanha, Tony Blair, e dos Estados Unidos, George W. Bush, aparecem juntos, sorrindo, com o slogan: "Nós nos opomos: Bush e Blair no Iraque. Nós propomos: nunca mais." Nada 'mais sério' O líder do Partido Conservador, Michael Howard, que está em segundo colocado nas pesquisas, sempre se disse favorável à guerra no Iraque, mas diz que Blair mentiu sobre o assunto. Apesar de querer evitar o tema, o primeiro-ministro Tony Blair, cujo Partido Trabalhista lidera as pesquisas de opinião, foi obrigado a responder a várias perguntas sobre a guerra no Iraque numa entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira. Blair afirmou que as melhores testemunhas para demonstrar se o Iraque sem Saddam Hussein é um lugar melhor são o povo iraquiano. "Ouçam suas vozes e eles vão dizer que tipo de mudanças ocorreram em seu país e quanta esperança eles têm agora." Dúvida O primeiro-ministro reafirmou que tomou a decisão certa e que os partidos Liberal Democrata e Conservador apenas retomaram o tema Iraque porque não têm nada mais sério para dizer sobre assuntos importantes relacionados ao futuro da Grã-Bretanha. Blair teve de responder a perguntas sobre uma reportagem publicada neste domingo no Mail on Sunday, que afirma que o assessor jurídico do governo, Lord Goldsmith, expressou dúvida sobre uma ação militar no Iraque sem uma segunda resolução da ONU. Para o primeiro-ministro, o parecer legal era bastante claro. Ele negou que o governo tenha pressionado o procurador-geral Lord Goldsmith. |
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