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Atualizado às: 01 de janeiro, 2005 - 18h21 GMT (16h21 Brasília)
 
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ONU diz que mais de 150 mil podem ter morrido
 
Ásia
Moradores lutam para conseguir água potável nos países atingidos
O coordenador das operações da Organização das Nações Unidas nos países atingidos pelo maremoto na Ásia, Jan Egeland, diz que a ONU acredita que o número de mortos na região vai passar de 150 mil.

Egeland afirmou também que a comunidade internacional já ofereceu mais de US$ 2 bilhões (R$ 5,4 bilhões) em ajuda para reconstruir os países atingidos.

O Japão prometeu neste sábado doar US$ 500 milhões - cerca de R$ 1,35 bilhão -e se tornou o maior doador individual.

Além de governos, também está havendo doações de pessoas e empresas de todo o mundo. São somas significativas. O total é de centenas de milhões de dólares.

Japão

Antes de anunciar o valor da doação, o Japão já havia enviado equipes de resgate à região.

Também se colocou à disposição para ajudar a criar um centro de previsão de tsunamis como o que existe para o Oceano Pacífico.

Aviões e navios carregando grande quantidade de ajuda humanitária chegaram neste sábado às regiões mais afetadas pelo maremoto no Oceano Índico.

O porta-aviões Abraham Lincoln, dos Estados Unidos, aportou na ilha indonésia de Sumatra. Logo depois, três helicópteros americanos se dirigiram a Banda Aceh, a capital da província de Aceh, e a a área mais devastada pelos ondas gigantes.

Mas, segundo autoridades indonésias, ainda falta uma estrutura de distribuição para assegurar que a ajuda chegue às áreas mais remotas do nordeste do país.

Grande parte da infra-estrutura local foi destruída pelo maremoto.

O governo da Indonésia nomeou neste sábado um gabinete ministerial único para coordenar os esforços de ajuda humanitária.

Ainda neste sábado, um novo tremor de 6.5 nas escala Richter foi registrado perto do litoral norte de Sumatra.

Uma porta-voz do instituto americano US Geological Survey disse que o terremoto ocorreu apenas a 300 km de Aceh, e não se espera que tenha causado nenhum dano grave.

'Sinais de vida'

A correspondente da BBC em Banda Aceh, Rachel Harvey, disse que, seis dias após o maremoto, a área começa a dar sinais de vida.

Mas segundo Harvey os desafios ainda são tremendos.

O governo da Indonésia informou que o número de mortos no país já chega a 100 mil, mas uma cifra exata talvez jamais possa ser dada.

Os corpos estão sendo enterrados rapidamente em valas comuns.

O tremor de 9.0 na escala Richter atingiu gravemente o sudeste asiático e ainda partes do oeste da África. Comunidades e vilarejos inteiros foram varridos do mapa pela força de ondas gigantes, conhecidas como tsunami.

Segundo o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, os esforços para ajudar os sobreviventes são "uma corrida contra o tempo".

Annan se encontrou na sexta-feira com o secretário de Estado americano, Colin Powell, para discutir formas de acelerar a distribuição de suprimentos às vítimas.

Menina sobrevivente na Índia
Tragédia fez vários órfãos

Os Estados Unidos afirmaram que vão destinar US$ 350 milhões aos países afetados. Um valor 10 vezes mais alto do que o previamente anunciado.

Após receber algumas críticas de que havia se "distanciado da tragédia", o governo americano já havia subido para US$ 35 milhões sua doação original.

Um porta-voz da organização Médicos Sem Fronteiras disse que devastação não era uma palavra forte o suficiente para definir o que ela viu no norte da ilha indonésia de Sumatra, a região mais atingida pelo maremoto.

Powell fará parte de uma delegação que o presidente americano, George W. Bush, vai enviar às áreas atingidas neste domingo.

A ONU acredita que milhões de pessoas que sobreviveram ao tsunami estejam agora ameaçadas pelas condicões precárias, como falta de água potável, de alimentos e de abrigo.

Acesso impossível

Agências de ajuda dizem que pode demorar ainda mais alguns dias para que elas consigam ter acesso a essas áreas.

No Sri Lanka, governo e rebeldes do grupo Tigres Tâmeis estão trabalhando juntos nas operações de resgate de forma inédita, segundo as agências humanitárias.

Médicos dos dois lados estão atendendo os doentes e feridos e os Tigres Tâmeis disseram aceitar doações internacionais.

Mortes confirmadas
Indonésia - 79.940
Sri Lanka - 28.508
Índia - 10.763
Tailândia - 4.560
Somália - 120
Mianmar - 90
Ilhas Maldivas - 67
Malásia - 65
Tanzânia - 10
Bangladesh - 2
Ilhas Seicheles - 1
Quênia - 1

O Fundo de Alimentação da ONU (FAO) começou a distribuir refeições quentes para desabrigados no norte do país.

O número oficial de mortos no país é de 28.505. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas.

Infra-estrutura

O governo indiano está transferindo os sobreviventes do maremoto das ilhas de Andaman e Nicobar para acampamentos. Mais de 7 mil sobreviventes foram levados de avião para instalações provisórias em Port Blair, capital regional.

Quanto cada país prometeu
Japão: US$ 500 milhões
EUA: US$ 350 milhões
União Européia: US$ 44 milhões
Canadá: US$ 33 milhões
Grã-Bretanha: US$ 28,9 milhões
Austrália: US$ 27 milhões
França: US$ 20,4 milhões
Dinamarca: US$ 15,6 milhões
Arábia Saudita: US$ 10 milhões
Noruega: US$ 6,6 milhões
Taiwan: US$ 5,1 milhões
Finlândia: US$ 3,4 milhões
Kuwait: US$ 2,1 milhões
Holanda: US$ 2,6 milhões
Emirados Árabes: US$ 2 milhões
Irlanda: US$ 1,3 milhões
Cingapura: US$ 1,2 milhões

Algumas pessoas acusam o governo de não distribuir ajuda dentro dos campos, dizendo que elas não teriam nada para comer nem beber se não fosse pela generosidade dos moradores da área.

As autoridades indianas recusaram a ajuda estrangeira nas ilhas, alegando que poderiam fazer a distribuição sozinhas.

Estima-se que 700 pessoas tenham morrido nas ilhas e outras oito mil no continente.

A Indonésia anunciou ainda que vai ser a sede de um encontro internacional de doadores para a tragédia no dia 6 de janeiro.

 
 
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