06 de outubro, 2004 - 10h11 GMT (07h11 Brasília)
Um atentado a bomba em um comício no Afeganistão em apoio ao companheiro de chapa do presidente Hamid Karzai, Ahmad Zia Masood, matou pelo menos uma pessoa e deixou outra ferida.
Masood, candidato à vice-Presidência nas primeiras eleições democráticas no país, saiu ileso.
O ataque ocorreu na cidade de Faizabad, no nordeste do país, quando um comboio de veículos se dirigia do aeroporto para o local do comício.
Mais cedo, Karzai realizou um comício na capital, Cabul, no último dia da campanha eleitoral antes da votação, no sábado.
Karzai disse a milhares de partidários que embora as eleições sejam realizadas a cada cinco anos, este pleito vai decidir o futuro do Afeganistão por séculos.
Segurança
Preocupações com segurança afetaram o desenrolar da campanha, e o atual presidente, Hamid Karzai, favorito para vencer a eleição, só realizou seu primeiro comício na terça-feira.
Militantes do Talebã e da Al-Qaeda disseram que vão realizar ataques durante a votação.
A campanha eleitoral do Afeganistão termina poucas horas depois de haver realmente começado.
Durante quase um mês, cartazes de candidatos ocupavam muros e paredes em várias partes do país, onde eram o único sinal da ocorrência de eleições.
Mas na terça-feira, em meio a um alto estado de alerta, o presidente Karzai finalmente realizou um comício, dando a milhares de afegãos a oportunidade de demonstrar seu apoio ao claro favorito.
Embora outros candidatos majoritários, inclusive o ex-ministro da Educação Yunis Qanuni, e o líder regional uzbeque Abdul Rashid Dostum, tenham sido mais ativos, esta eleição provavelmente será ganha a portas fechadas.
Vários candidatos se reuniram com líderes tribais e de facções em uma tentativa de assegurar o apoio em bloco de eleitores.
Quando as urnas abrirem, no sábado, a falta de segurança será uma grande preocupação.
As forças internacionais e afegãs estarão em alto estado de alerta mas muitos temem que a primeira eleição democrática da história do Afeganistão será prejudicada por violência perpetrada por militantes.