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Itália começa a devolver imigrantes ilegais para Líbia | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A Itália começou a mandar de volta para a Líbia os imigrantes ilegais que desembarcam na pequena ilha de Lampedusa, para tentar resolver o que o governo italiano diz ser uma situação de emergência. O governo italiano anunciou a mudança em sua política neste domingo depois que mais de mil pessoas lotaram o centro de recepção na ilha, que fica a meio caminho entre a Sicília e a costa do Norte da África. A polícia italiana acredita que muitos dos imigrantes ilegais – de diferentes países da África, da Ásia e do Oriente Médio – são transportados da Líbia até Lampedusa em pequenos barcos administrados por contrabandistas de pessoas. O ministro do Interior da Itália, Giuseppe Pisanu, disse que o governo vai continuar com a nova política de mandar os imigrantes de volta para a Líbria porque precisa lidar com a emergência. Os partidos de oposição ao governo na Itália dizem que a nova política contraria a legislação internacional sobre asilo. Desesperados Líderes empresariais italianos dizem que há escassez de mão de obra na Itália e querem uma política mais liberal em relação à imigração. Na região central do Mediterrâneo, Lampedusa é o ponto de chegada mais próximo para aqueles que procuram entrar na União Européia pelo mar, a partir do Norte da África. Milhares de imigrantes ilegais desembarcaram em Lampedusa este ano e até agora, a maioria era levada para outras áreas da Itália, no continente. "As pessoas desesperadas que ainda acham que podem navegar ilegalmente para a Itália devem saber que serão mandadas de volta para o lugar de onde vieram assim que tiverem recebido ajuda", diz um comunicado divulgado pelo Ministério do Interior italiano. Voluntários Três aviões lotados de pessoas de várias nacionalidades da África, da Ásia e do Oriente Médio saíram da ilha de Lampedusa no sábado e novos vôos estão programados, numa tentativa de reduzir a pressão sobre o centro de recepção da ilha. O centro, administrado por voluntários, está preparado para dar comida e abrigo para 200 pessoas. O partido dos Democratas de Esquerda (DS) criticou a nova política do governo italiano. "Essa repatriação apressada parece as expulsões coletivas que são proibidas pelos tratados internacionais, dos quais a Itália é signatária", diz uma nota do partido. Como a polícia acredita que a maioria dos imigrantes ilegais saem em pequenos barcos da Líbia, o governo italiano tinha prometido ao governo do país que daria equipamento para detectar e parar esses barcos. |
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