O governo americano vai passar a tirar impressões digitais e fotografias de todos os estrangeiros com visto que entrarem no país por um de seus portos ou aeroportos a partir de 5 de janeiro.
Segundo o subsecretário de Segurança de Fronteiras e Tranporte do Departamento de Segurança Nacional, Asa Hutchinson, a intenção é barrar pessoas suspeitas de envolvimento com o que os americanos classificam de terrorismo.
Ele salientou que as novas medidas irão facilitar o acesso das pessoas ao país.
"Com este sistema, vamos poder rapidamente confirmar a identidade do viajante e recebê-lo bem, se não houver nenhuma irregularidade", disse o subsecretário.
Banco de Dados
Hutchison explicou que, gradualmente, os consulados americanos ao redor do mundo vão se equipar para apenas concederem visto depois de registrarem eletronicamente as impressões digitais de quem os estiver solicitando.
A partir de 5 de janeiro, os viajantes que vão ter de colocar os indicadores de ambas as mãos em um scanner que vai registrar a impressão digital e compará-la com as presentes em um banco de dados do governo americano.
Segundo Hutchinson, o banco de dados vai ser alimentado principalmente pelas próprios consulados americanos, que passarão a também registrar a impressão digital na hora de conceder o visto.
"Mas também vamos ter nestes bancos de dados as impressões digitais de indivíduos que podem ser considerados ameaças à segurança nacional", disse o subsecretário.
"São dados que vão ser coletados ao redor do mundo pelos nossos serviços de segurança e por nosso aliados na guerra ao terrorismo."
Fotografia
Além das impressões digitais, os agentes de imigração também vão passar a fotografar os estrangeiros entrando no país.
"Todo este processo vai ser muito rápido e inofensivo, envolvendo apenas uma câmera digital e um scanner para as impressões digitais", afirmou.
O subsecretário afirma que esta medida vai favorecer muito os viajantes que têm de entrar diversas vezes nos Estados Unidos.
"Quem veio ao país, ficou aqui legalmente, saiu e quer voltar não vai encontrar nenhuma dificuldade, porque vai ser rapidamente identificado e bem recebido pelos nosso agentes de imigração."
Sem visto
Os cidadãos dos países que podem viajar para os Estados Unidos sem um visto estarão também isentos deste registro por hora.
"Os países isentos de visto são exatamente aqueles onde acreditamos que há menos risco de falsificações de documentos e irregularidadades, mas estamos examinando meios de, no futuro, também incluir estas pessoas nos registros de impressões digitais", explicou.
O programa também não inclui ainda os pontos de fronteira terrestre entre os Estados Unidos e o México e Canadá.
"Mas, no futuro, também as fronteiras terrestres serão equipadas com meios de fazer esta checagem", disse.