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Sobreviventes de tremor enfrentam mortes pelo frio
Dezenas de milhares de pessoas na cidade de Bam, no sul do Irã, passam frio pela quinta noite consecutiva após o terremoto de sexta-feira. Muitos sobreviventes estão ainda vivendo nos destroços de suas antigas casas, agrupando-se em torno de fogueiras improvisadas. "Duas crianças na minha família, de 12 e 13 anos, sobreviveram o terremoto, mas morreram enquanto estavam na rua", disse um residente disse à agência Reuters. "Está muito frio e não temos equipamento para cozinhar", disse outro. Itens básicos como sapatos, roupas e utensílios de cozinha estão em maior falta. Equipe americana Calcula-se que o número de mortos no terremoto, que destruiu 90% dos prédios da cidade, chegue a 50 mil pessoas. Uma grande operação de resgate está a caminho, com mais de 40 países enviando suprimentos e especialistas. Cerca de 80 médicos americanos se uniram aos times de apoio, apesar de anos de hostilidade entre Washington e Teerã. Uma equipe americana chegou à região para ajudar na próxima fase das operações. 'Não é o Bush' Essa é a primeira missão official dos Estados Unidos ao Irã desde 1979. O presidente Mohammad Khatami agradeceu a ajuda americana, mas insistiu que isso não alteraria a relação entre os dois países. "Isso não tem nada a ver com política", disse, na terça-feira. "Estes são medicos. Não são o Bush ou o Rumsfeld vindo aqui para nos matar", afirmou o vice-ministro da Saúde, Mohammad Akbari, referindo-se ao presidente americano e seu secretário da Defesa. "Isso não é ajuda do Bush, mas sim de grupos humanitários." Dois anos Perto de 30 mil corpos já foram retirados dos escombros, mas o número de vítimas fatais parece ser muito maior. Pode ser que o número exato nunca seja conhecido, já que famílias inteiras morreram e não há ninguém para registrar o desaparecimento. Fontes oficiais iranianas falam de cerca de 50 mil mortos. O presidente Khatami prometeu reconstruir a cidadela histórica de Bam, que tem 2 mil anos de idade, em dois anos, "custe o que custar". |
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