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Síria diz que Israel quer arrastar região para guerra
O presidente sírio, Bashar Al-Assad, acusou Israel de tentar arrastar a Síria e outros países da região para um conflito de maior proporção. Os comentários foram os primeiros do presidente sírio desde o ataque israelense no domingo a um campo palestino dentro do território da Síria. A declaração foi publicada pelo jornal árabe Al-Hayat nesta terça-feira. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, respondeu dizendo que Israel não hesitará em atacar seus inimigos independentemente de onde eles estejam. O governo sírio está analisando o texto de uma resolução condenando o ataque, depois de não ter conseguido o apoio dos membros do Conselho de Segurança na segunda-feira. Tensão A tensão aumentou na fronteira entre o Líbano e Israel desde o ataque de domingo. Um soldado israelense foi morto em um ataque – Israel responsabiliza militantes do Hezbollah, mas o grupo nega –, e um menino libanês morreu quando um míssel atingiu a sua casa em um vilarejo perto da divisa entre os países. Israel disse ter atacado o que chamou de um campo para treinamento de militantes palestinos na Síria em resposta ao ataque suicida de sábado na cidade israelense de Haifa, que deixou 19 mortos. A Síria nega que o alvo seja mesmo um campo de treinamento para militantes e quer que o Conselho de Segurança condene a ação, classificando-a como "agressão militar". "(A operação) é uma tentativa do governo de Israel de se retirar da grande crise que atravessa ao tentar aterrorizar a Síria e arrastá-la, juntamente com outros países da região, para outros conflitos, porque esse governo (de Israel) é um governo de guerra, e a guerra é a justificativa para a sua existência", disse Bashar na entrevista ao jornal árabe. Ele também disse que o papel da Síria na região está incomodando Israel, mas acrescentou que o ataque israelense de domingo só fará com que a Síria fique ainda mais determinada a assumir esse papel no Oriente Médio. O presidente sírio também afirmou que os Estados Unidos deveriam parar de culpar a Síria por todos os seus fracassos, incluindo o Iraque. A posição de Sharon O primeiro-ministro israelense, no entanto, também em sua primeira declaração desde o ataque de domingo, assumiu uma linha dura. "Israel não será impedido de proteger os seus cidadãos e atacará os seus inimigos em qualquer lugar e de qualquer forma", afirmou o primeiro-ministro em uma cerimônia de homenagem aos soldados israelenses mortos durante a guerra de 1973. Apesar da postura desafiadora, Sharon disse que Israel está aberto às possibilidades de paz. "Nós não perderemos nenhuma oportunidade de chegar a um acordo com os nossos vizinhos e alcançar a paz." Mais vítimas do ataque suicida de Haifa, entre elas integrantes de duas famílias, deverão ser enterradas nesta terça-feira. Das 60 pessoas feridas no atentado, 25 ainda estão no hospital, segundo o jornal israelense Ha'aretz. |
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